Mesmo
com a grama sintética, o Verdão segurou o time mexicano e decide a vaga no
próximo dia 14, no Pacaembu
Toda a preocupação do
Palmeiras com a grama sintética do Tijuana se tornou aplicação tática. Até com
momento de domínio no campo ofensivo, o time ficou no 0 x 0 nesta terça-feira,
no México, e precisa de qualquer vitória no dia 14, no Pacaembu, para avançar
às quartas de final da Libertadores - o adversário passa se empatar com gols.
O Tijuana, melhor segundo
colocado entre os que se classificaram na fase de grupos, ainda não sofreu gols
em seu estádio na competição, nem o Verdão balançou as redes fora de casa no
torneio. Mas o time de Gilson Kleina teve até uma falta que Wesley alegou ter
sofrido na área em que o árbitro não marcou pênalti.
Empenhado na reta final
para evitar a derrota, o Palmeiras, já desclassificado no Campeonato Paulista,
tem duas semanas para se preparar para receber o Tijuana em São Paulo, onde o
Corinthians, que tinha perdido no México, o venceu por 3 x 0 na fase de grupos.
O clube mexicano, fora do torneio local, também tem o torneio continental como
única competição em seu foco.
O jogo - Gilson Kleina e
seus jogadores embarcam para o México preocupados com o gramado sintético do
estádio Caliente, mas o piso não mudou as convicções do técnico. O Palmeiras
começou a partida como seu treinador sempre manda: marcando sob pressão no campo
adversário, dificultando a saída de bola.
Em cinco minutos de jogo,
o Verdão já tinha roubado duas bolas no campo de ataque, embora tenha isolado
ambas com Wesley e Kleber. Mas logo o domínio à frente do meio-campo gerou
espaço para troca de passes. Em uma delas, aos oito minutos, Wesley entrou na
grande área e foi derrubado na grande área, a ponto de ter ficado sem sua
chuteira. O árbitro, para desespero do jogador e de Kleina, não deu pênalti.
Enquanto os toques saíam
de primeira, um deles, vindo de Tiago Real, encontrou Vinicius entrando na
grande área para bater rente ao pé da trave esquerda do goleiro Saucedo, aos 16
minutos. Se Kleber, referência mais para sofrer faltas na frente, tivesse
acreditado em seu colega, talvez as redes fossem balançadas.
A partir dos 25 minutos, o
jogo mudou completamente. Primeiro, um passe errado de Tiago Real e um corte
falho de Henrique deram a Martínez a chance de abrir o placar, mas o atacante
foi mal. Mesmo assim, os flancos da defesa palmeirenses estavam abertos, e por
ali um cruzamento para Martinez, com Bruno já batido, só não virou gol do
Tijuana aos 26 minutos porque Ayrton fez o corte na pequena área.
Quando respirou, o Verdão
conseguiu passar do meio-campo novamente, mas ainda tinha Wesley. E em uma das
muitas sequências de dribles que o camisa 11 tentou e errou surgiu um
contra-ataque que encontrou Moreno livre à frente de Bruno, mas o centroavante
isolou, aos 43. No último lance do primeiro tempo, Riascos ainda cabeceou rente
ao ângulo esquerdo de Bruno, adiantado.
O Verdão teve 15 minutos
para se reajustar, e o intervalo fez bem ao time. Wesley, por exemplo, voltou
mais disposto a jogar coletivamente, e seu toque de bola propiciou chance para
Kleber, quase da meia-lua, bater rente à trave direita de Saucedo, aos quatro
minutos. O lance foi uma rara chance de gol, mas, defensivamente, o Palmeiras
estava bem postado.
O Palmeiras, porém,
aproximou defensores e meio-campistas, posicionando-se para contra-atacar com
Ronny, substituto de Vinicius, e Kleber na frente. Em jogadas isoladas, Richard
Ruíz e Daniel Omar Márquez, apostas ofensivas do Tijuana, até levaram perigo,
mas Bruno estava mais uma vez em uma boa noite. E não levou gols.
Por
Gazeta Press e Placar
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