O Barcelona tenta nesta
quarta-feira (01) um feito que, se não é impossível, seria inédito na Liga dos
Campeões da Europa: reverter placar adverso de quatro gols de diferença sofrido
no jogo de ida, para conseguir eliminar o Bayern de Munique e chegar até a
decisão continental.
Na história de todos os
torneios organizados pela Uefa, em apenas três oportunidades desde 1955 -
quando foi disputada a primeira edição da então Taça dos Clubes Campeões
Europeus, que hoje é a Champions - um clube conseguiu se classificar após uma
derrota desta magnitude na ida. Nunca em uma semifinal.
O primeiro foi o Leixões,
de Portugal, na temporada 1961/1962, que na fase preliminar da extinta Recopa
Europeia, perdeu para o La Chaux-de-Fonds, da Suíça, por 6 a 2 na ida, e venceu
por 5 a 0 na volta.
Na Copa da Uefa - hoje
Liga Europa, em 1984/1985, na segunda fase, o Partizan Belgrado, da Iugoslávia,
levou 6 a 2 do inglês Queens Park Rangers e depois venceu por 4 a 0.
Na temporada seguinte, na
terceira fase, o Real Madrid perdeu para o Borussia Mönchengladbach por 5 a 1,
mas goleou por 4 a 0 na volta. Tanto o time espanhol como o iugoslavo avançaram
pelos gols fora de casa.
No duelo desta
quarta-feira, se devolver o placar do jogo de ida, o Barcelona levará a partida
para a prorrogação. Qualquer outro resultado com quatro gols de diferença dá a
vaga para o Bayern. Assim, além do 4 a 0, ao time catalão só interessa vitória
por cinco ou mais gols de diferença.
"Temos chances,
embora sejam remotas, de nos classificarmos para a final da Champions. Sei que
parece difícil acreditar, mas amanhã é um dia para sermos crianças, perdermos o
bom senso e voltarmos a ter a esperança de brigar até o final", disse o
zagueiro Gérard Piqué, em entrevista coletiva.
Nesta edição da Liga dos
Campeões, o Barcelona já conseguiu uma grande virada sobre um rival expressivo,
mas com diferença menor de gols. Nas oitavas de final, a equipe espanhola
perdeu para o Milan por 2 a 0, em San Siro, mas goleou na partida de volta por
4 a 0, justamente um dos resultados que interessam hoje.
Recentemente, o Barça
carrega um histórico de goleadas contra rivais alemães no Camp Nou pela
competição continental. Em 2011/2012, o ápice, com o massacre sobre o Bayer
Leverkusen, por 7 a 1. Além disso, em 2009/2010, o time goleou o Stuttgart por
4 a 0.
Em 2008/2009, a vítima foi
o próprio Bayern de Munique, no jogo de ida das quartas de final, justamente
por 4 a 0. Na volta, o time alemão não teve forças para reverter o placar e o
empate em 1 a 1 classificou o time espanhol, que acabou campeão.
Para que um placar destes
possa ser repetido, no entanto, o clube ainda espera que Lionel Messi se
apresente 100% fisicamente, o que não aconteceu no jogo ida, na Allianz Arena.
No último sábado, o argentino foi bem nos 30 minutos em que atuou na partida
contra o Athletic Bilbao, marcando um gol.
Para o duelo desta tarde,
o Barcelona não terá Jordi Alba, suspenso pelo acúmulo de cartões amarelos. Com
isso, o brasileiro Adriano ganhará a vaga na lateral. Sergio Busquets chegou a
ser dúvidas por estar sofrendo com uma pubalgia. Alex Song chegou a ficar de
sobreaviso, mas o espanhol é quem deve ir para o jogo.
O Bayern de Munique, por
sua vez, chega com a confiança de ter aberto uma vantagem confortável, mas
consciente de que qualquer excesso pode ser fatal diante de um adversário tão
poderoso. "Se há uma equipe capaz de virar um 4 a 0 é o Barcelona",
disse o holandês Arjen Robben às vésperas do jogo.
Para a partida desta tarde,
o atacante croata Mario Mandzukic, suspenso no jogo de ida, deverá reaparecer
no time titular, ganhando a vaga de Mario Gómez. Com isso, os únicos desfalques
seguem sendo o zagueiro Holger Badstuber e o meia Toni Kroos, contundidos.
Informações virgula.uol
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