Time
comandado por Cuca derrotou o desfalcado time santista em BH
Quando a fase é boa, até erros de arbitragem são
superados. O Atlético-MG venceu o Santos, por 2 a 0, não precisou dos dois gols
mal anulados durante a partida e voltou à liderança isolada do Campeonato
Brasileiro. Os gols de Danilinho e Réver colocam o Galo novamente na ponta da
tabela, com 31 pontos, já que o Vasco havia vencido o Botafogo e dormiu na
liderança, com 29 pontos, de quarta para quinta-feira.
Com um futebol envolvente e rápido, os comandados de
Cuca conquistaram a sétima vitória consecutiva e o Galo, a cada partida, se
consolida como verdadeiro candidato à uma vaga na Libertadores e,
possivelmente, o título da competição. Já o Santos, bastante desfalcado e sem
as estrelas Neymar e Ganso, atuou como time comum, com Muricy Ramalho abusando
dos jogadores de marcação. O Peixe se manteve na zona de rebaixamento, com
apenas 10 pontos, na 18ª colocação.
Na próxima rodada, o Galo vai até o Rio de Janeiro,
onde encara o Fluminense, no domingo, às 16h (de Brasília), no Engenhão. No
mesmo dia, o Santos recebe a Ponte Preta na Vila Belmiro, a partir das 18h30m.
O jogo começou como o previsto. A equipe de Muricy
Ramalho contava com bastantes desfalques e, com uma linha defensiva de cinco
jogadores, chegando a seis, se virava para conter investidas atleticanas. O
jogo estava movimentado até que o auxiliar José Carlos Dias Passos resolveu
aparecer mais do que os jogadores e chamou para si a responsabilidade de anular
o gol de Jô após lançamento primoroso de Ronaldinho Gaúcho. O árbitro deu o
gol, mas o auxiliar assinalou impedimento inexistente do atacante do Galo.
O tempo era inimigo do Atlético-MG, amplamente
favorito por conta do bom momento e, claro, devido aos desfalques do Santos -
Neymar, Ganso com a seleção e outros jogadores contundidos e/ou suspensos. A
impaciência da torcida por conta da arbitragem parecia ser transmitida para a
equipe, que errava no posicionamento e ficava constantemente em impedimento.
O Santos quase aproveitou para estragar a festa da
torcida do Galo. Bill aproveitou rebote de cabeça e conseguiu tocar no
travessão. O lance parece ter acordado os donos da casa, que retribuíram na
trave de Aranha após chute de Marcos Rocha, quase sem ângulo.
E se precisava de algo diferente para agitar ainda
mais os torcedores, o Galo fez. Depois de boa jogada do volante Pierre pela
direita, o lateral-direito Marcos Rocha foi pela esquerda e cruzou para
Danilinho soltar o grito de gol no Independência. Foi o quinto gol do meia, que
se tornou artilheiro do time na competição.
A revolta dos atleticanos com a arbitragem era tão
grande que a maioria dos torcedores do Galo no estádio não gritaram gol e, sim,
xingaram bastante o trio do apito. O placar parcial fez justiça para a equipe
que tomou a iniciativa desde o início da partida.
Mais
um
Na etapa complementar, o placar favorável
tranquilizou o Galo, que começou arrasador. Danilinho e Bernard perderam boas
chances de ampliar o marcador ao chutar raspando a trave de Aranha. E o Galo
teve mais um gol mal anulado. Bernard completou chute de Marcos Rocha e estava
na mesma linha da zaga. Porém, Roberto Braatz invalidou o lance.
Muricy resolveu mudar, e João Pedro deu lugar ao
atacante Victor Andrade. A intenção do treinador do Peixe era povoar mais o ataque
santista, já que Bill lutava sozinho contra a defesa do Galo.
Mas o líder do Campeonato Brasileiro está em estado
de graça. E Marcos Rocha, responsável direto pelo primeiro gol, roubou a bola
de Léo, foi à linha de fundo e cruzou na cabeça de Leonardo Silva. Aranha
defendeu, e a bola sobrou para Réver empurrar para as redes. Delírio no
Independência! O jogo seguiu no mesmo ritmo, com o Galo perdendo chances no
contra-ataque e o Santos, esporadicamente, tentando sem sucesso chegar ao gol
de Victor.
Por Fernando Martins Y Miguel - BH
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