sexta-feira, 2 de março de 2012

Secretário geral da Fifa condena morosidade e burocracia da Copa de 2014

Jèrome Valcke detona Comitê Organizador (COL) do Mundial do Brasil: 'As coisas não estão se movendo'
Jèrome Valcke, secretário-geral da Fifa, mostrou mais uma vez o tamanho de sua insatisfação e preocupação com os preparativos da Copa de 2014. Em entrevistas para as agências internacionais em Londres, o dirigente condenou a morosidade dos trabalhos no país-sede da competição. Valcke criticou o atraso das obras nos estádios, das poucas vagas nos hotéis e do sistema de transporte, principalmente dos aeroportos brasileiros.
"Eu não entendo por que as coisas não estão se movendo no Brasil. Os estádios não estão dentro dos cronogramas divulgados. Por que há tantas coisas atrasadas?", disparou. "Lamento dizer, mas as coisas não estão funcionando no Brasil. Existem discussões intermináveis sobre o projeto Copa do Mundo. Deveríamos ter recebido esses documentos assinados até 2007 e estamos em 2012."
Valcke está na Inglaterra, onde participa da reunião anual da International Fifa Football Association Board, órgão legislativo da Fifa. O secretário geral da entidade presidida por Joseph Blatter reclamou da burocracia que impera no País, principalmente para aprovar as leis da Copa, como a liberação de bebidas nos estádios.
Valcke tem informações de que não há hotéis suficientes em cidades como Salvador e Manaus, e isso também o preocupa. "Não tem hotéis suficientes em todas as cidades-sedes. Você tem mais do que suficiente em São Paulo e Rio, mas se você pensar em Manaus, você precisa de mais vagas."
Valcke estava uma fera. O secretário vem para o Brasil semana que vem para se reunir com Ricardo Teixeira e todos os envolvidos na organização da competição. "Temos um Mundial em 2014. A impressão é que o Brasil não está fazendo nada para receber tanta gente. O mundo quer conhecer o Brasil. É preciso colocar a casa em ordem e organizar essa Copa."
O secretário-geral da Fifa disse com todas as letras que o Brasil está mais preocupado em ganhar a competição do que em organizar o Mundial para receber meio milhão de pessoas durante sua disputa.
Por: estadão.com