Peixe vence por 2 a 0 no estádio do Bugre, onde o time do interior havia ganhado seus cinco jogos, e cola no Corinthians às vésperas do clássico
Por GLOBOESPORTE.COM - Campinas, SP
Mesmo sem Neymar, Ganso e Rafael (todos na Seleção Brasileira), o uruguaio Fucile (servindo à seleção uruguaia) e Borges, desfalque de última hora por causa de uma forte gripe, o Santos bateu o Guarani por 2 a 0, no Brinco de Ouro, em Campinas, na noite desta quarta-feira. O adversário vinha embalado - começara a rodada na segunda posição e havia conquistado todos os pontos disputados em casa. Mas acabou caindo frente a um Santos que, a cada rodada que passa, mostra-se mais encorpado, mesmo com desfalques - não à toa, já são seis vitórias consecutivas no Paulistão.
O resultado até passa a impressão de que a vitória santista foi tranquila. Mas o placar é enganoso. O Guarani foi superior em boa parte do jogo, mas acabou parando na forte marcação do Santos, que soube matar a partida com um gol logo no início (marcado por Ibson) e outro no finzinho (com Arouca). Com o resultado, o Santos ultrapassa o Guarani na tabela - foi a 24, deixando o time campineiro com 22.
O próximo jogo do Peixe é o clássico contra o Corinthians, domingo, às 16h (de Brasília), na Vila Belmiro - a partida marca a reabertura do estádio santista, após reforma total do gramado. Rafael, Neymar e Ganso, que serviram à Seleção, voltam ao time. Já o Guarani pega o Bragantino, sábado, em Bragança, às 18h30m.
Peixe sai na frente, mas Bugre pressiona
Nos 15 minutos iniciais, parecia que o visitante estava em casa, dada a tranquilidade com que o Alvinegro ocupava os espaços. Aproveitando a posse de bola superior, o Santos brecou o ímpeto do Bugre, empurrado pela sua torcida, e abriu o placar aos seis. Em bela jogada, Juan cruzou da esquerda para Dimba. O atacante pensou rápido e ajeitou de peito para Ibson. Chegando de trás, o meia fuzilou o goleiro Emerson, sem chances.
A única ameaça do time do interior ao gol do Peixe, até então, acontecera por um susto do goleiro Aranha, revelado na Ponte Preta - e, por isso, muito hostilizado pela torcida bugrina. O camisa 1 do Peixe, que provocou o antigo arquirrival durante a semana, falhou em cruzamento de Fumagalli e quase entregou. Àquela altura, Juan já havia criado outra boa chance, em finalização perigosa de fora da área, que obrigou Emerson a dar rebote.
Dos 15 minutos em diante, o time da casa cresceu e assumiu a postura de mandante. Com contra-ataques e jogadas criadas principalmente pelo lado direito da defesa santista, setor do jovem Crystian, saíram os maiores perigos.
Camisa 10, Fumagalli articulava as melhores jogadas do Bugre, com o auxílio do rápido atacante Fabinho. De cabeça e de fora da área, o meia ameaçou o Santos, enquanto Fabinho teve a melhor chance do time do interior na primeira etapa, desperdiçada com um cabeceio para fora. Ainda houve tempo para mais uma falha de Aranha, que passou da linha da bola em chute de fora da área do volante Wellington Monteiro, mas se recuperou a tempo de evitar o gol.
Jogo cai, Bugre pressiona, mas Santos mata
Se o primeiro tempo começou movimentado, na etapa final aconteceu exatamente o contrário. Sonolentas, as duas equipes praticamente se arrastaram. Com a substituição feita por Muricy ainda no fim do primeiro tempo, quando trocou Dimba por Felipe Anderson, o Peixe passou a jogar no 4-2-3-1, com Elano, Ibson e Felipe Anderson atrás de Alan Kardec, isolado à frente, o que diminuiu o poder ofensivo do time.
A primeira grande chance desperdiçada pelo Alvinegro saiu em falta cobrada por Elano na direita. O meia cruzou com perigo, e Durval por pouco não alcançou a bola para marcar. Em resposta, o Bugre só ameaçou em chute cruzado de Max Santos, atacante que substituiu Bruno Peres na etapa final.
Depois, Bruno Mendes tocou de cabeça para fora e perdeu uma das melhores chances da segunda etapa, com um Aranha já vendido no cruzamento de Fábio, pela direita. O último suspiro do Bugre saiu em chute muito perigoso de Danilo Sacramento, que bateu de três dedos de fora da área.
No último lance da etapa final, Arouca fez barba, cabelo e bigode. O volante recebeu de Alan Kardec, levou a bola do meio de campo até a área adversária, driblou o goleiro Emerson e tocou de esquerda para o gol vazio, com a frieza de um autêntico centroavante.
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