Há duas missões na vida de Luís Álvaro, Presidente do Santos, desde que saiu do Japão.
A primeira é segurar Paulo Henrique Ganso apenas o necessário.
Não quer levar adiante um plano de carreira tão longo quanto o de Neymar.
O presidente o quer até a Libertadores de 2012.
Depois, o que vier é lucro.
O dirigente está mesmo completamente decepcionado.
Acredita que Ganso é muito mais do que um simples joguete nas mãos do grupo DIS.
Ele sente ser interminável o rancor do meia.
O jogador não o perdoa por não ter sido procurado pela diretoria quando estava contundido.
Acreditava que seria a grande motivação para a sua recuperação.
Mas foi convencido por pessoas que cuidam da sua carreira que havia desconfiança por parte da direção santista.
O jogador já passou por três operações nos joelhos.
E toda contusão é vista com desaprovação, medo que não se recupere inteiramente.
Ganso tem raiva de receber R$ 135 mil.
Principalmente quando sabe que Neymar ganha perto de R$ 3 milhões.
Luís Álvaro tem certeza que, Ganso quis se vingar no Japão.
Ao afirmar que vendeu 10% dos seus direitos econômicos ao DIS...
Ele tumultuou o clima no time pouco antes da final do Mundial contra o Barcelona.
A prova para o presidente foi Ganso se desdizendo logo ao voltar ao Brasil.
E oferecer para o Santos a percentagem.
O dirigente ficou revoltado.
Ainda mais porque não tinha programado gastar mais R$ 5 milhões.
Tanto que para comprar 50% do lateral Jonas, teve de recorrer ao grupo de investimento Teisa.
A melhor saída que Luís Álvaro acredita ser viável é mesmo oferecer a prorrogação do contrato de Ganso.
E passar a pagar cerca de R$ 650 mil mensais.
Depois da Libertadores, pensar em vender o meia.
Mesmo sendo centenário santista.
Não há mais empatia dos torcedores.
E, mais importante, a confiança da direção no jogador já foi.
A troca de telefonemas entre a cúpula santista e Zé Roberto continua.
Todos na Vila Belmiro só esperam que o jogador cumpra a palavra e assine o contrato como havia prometido.
E assim, Ganso deixa de ser tão imprescindível.
A outra missão na Terra de Luís Álvaro é imitar o Barcelona.
Os vários encontros com Sandro Rossell o convenceram.
O caminho é investir como nunca nas categorias de base.
E forçar um mesmo modelo tático às equipes menores santistas.
Com mais posse de bola e toque de bola.
A formação de um time B ou convênio com equipe menor de outro estado para testar novos jogadores.
Por isso o final do futebol de salão e do feminino.
O Barcelona virou fixação de Luís Álvaro.
Uma espécie de Síndrome de Estocolmo.
Ficou fascinado depois da goleada por 4 a 0 em Yokohama.
Como acabar com o péssimo clima que acredita que Ganso e a DIS criam na Vila Belmiro?
Por Zini.