Paraguaios
complicam a situação do Galo com um gol marcado no último minuto. A decisão
fica para o Mineirão
Nesta quarta-feira, o Olímpia venceu o Atlético-MG
por 2 a 0 no estádio Defensores del Chaco, em Assunção-PAR pela partida de ida
da final da Libertadores. Alejandro Silva e Pittoni fizeram os gols do jogo.
A situação ficou complicada para o Galo, pois terá
que vencer por dois gols para levar decisão à prorrogação ou três para ser
campeão. Já o El Decano pode perder por até um gol de diferença que conquista o
tetra.
As duas equipes decidem a competição sul-americana
na próxima quarta-feira no estádio do Mineirão.
Já era de se esperar que o clima no Defensores del
Chaco fosse hostil, tenso e de muita pressão contra o Atlético-MG. A torcida
preparou um belo mosaico antes da partida, empurrou o Olímpia do começo até o
final, justificando a importância do duelo.
O primeiro quarto da decisão da Libertadores começou
melhor ao lado atleticano. Logo no começo, Diego Tardelli marcou um gol, mas o
assistente flagrou impedimento do atacante no momento em que ele recebeu a bola
em profundidade.
O Galo foi corajoso, chegou até colocar medo na
torcida paraguaia com os lances de perigo. Com a posse de bola favorável, o
time de Cuca se lançou ao ataque e em um deles quase Diego Tardelli abriu o
marcador. Aos 21 minutos, o atacante recebeu lançamento em profundidade, perdeu
um pouco da passada da bola, mas chutou na rede pelo lado de fora.
O jogo estava a caráter para Ronaldinho e companhia,
mas o Olímpia mostrou que é um time copeiro e sabe jogar finais. Na primeira
chance real que teve, facilitada pela bobeada da zaga mineira, Alejandro Silva
não recebeu marcação e avançou até chutar, a bola ainda desviou na trave e
entrou. Gol do Rei de Copas aos 23 minutos.
A partir daí, o jogo mudou de figura. Mais perigoso,
o Olímpia poderia ter ampliado o marcador, mas perdeu gols feitos. Já o Galo
não se encontrou na marcação e deixou vários espaços no sistema defensivo.
Aos 37, um susto. Salgueiro driblou e chutou perto
da área, a bola desviou e foi caprichosamente pra fora, sorte do Atlético.
Cinco minutos depois, o atacante do time anfitrião recebeu livre, entrou na
pequena área, ficou cara a cara com Victor, mas demorou para finalizar. Quando
executou o movimento do chute, Pierre desviou e a bola ficou com o goleiro
atleticano. De novo, sorte do Atlético.
Após esse sufoco, o primeiro tempo terminou 1 a 0
para o time paraguaio.
Na volta para a segunda etapa, o Galo chegou a ser
superior graças a Diego Tardelli, melhor jogador da equipe visitante. Sem
Bernard e com Ronaldinho e Jô apagados, o Atlético teve posse de bola, mas não
o suficiente para descontar o placar.
Aos quatro minutos, Tardelli entrou na ponta direita
e chutou cruzado, mas a redonda passou raspando na trave direita do goleiro e
foi pra fora.
Na metade do segundo tempo, o técnico Cuca fez algo
que muitos técnicos temeriam em cometer. O treinador do time mineiro colocou
Guilherme no lugar de Ronaldinho Gaúcho. Isso mesmo, o camisa 10 fez uma das
piores partidas da sua passagem pelo clube e saiu de campo com cara de poucos
amigos.
A entrada do "talismã" deu a esperança da
reação. Aos 23 minutos, Richarlyson fez o toque para ele chutar com perigo, mas
Martín Silva defendeu.
O Olímpia recuou e deu espaço para a criação das
jogadas atleticanas. Aos 33, Jô recebeu dentro da área e chutou forte, mas o
goleiro paraguaio fez uma grande defesa.
Apesar de ter o controle da situação, o Atlético
tinha o risco de levar o contraataque. O time de Ever Almeida esperava apenas
uma chance para matar o duelo. Na marca de 37 minutos, um lance inacreditável:
após cruzamento rasteiro, Victor sai do gol, Ferreyra chuta sem goleiro, mas a
zaga salva, porém Bareiro, sozinho, na cara do gol, manda pra fora.
Quando tudo parecia que ficaria no 1 a 0, a casa
começou a se desmoronar ao Galo. Para evitar o contragolpe, Richarlyson cometeu
falta no ataque, levou o segundo amarelo e foi expulso de campo.
Com dez no gramado, restou se defender e esperar
pelo fim. Fim trágico, pois o Olímpia aplicou um golpe de misericórdia. Aos 47
do segundo tempo, Pittoni cobrou bela falta, Alecsandro e Victor se
atrapalharam, o suficiente para a bola entrar, 2 a 0 no placar.
Fim de
jogo. Festa para o Olímpia que
está praticamente com a mão na taça, frustração dos mineiros. Entretanto, a
decisão terá mais 90 minutos no Mineirão e os últimos jogos do Galo na
competição dão a esperança por mais um milagre. Resta esperar... 
Por
Yuri Gonçalves - goal.com
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