Se ainda havia algum
questionamento em relação à força internacional do Corinthians, ele sofreu um
abalo fatal nesta quarta-feira. Fechando um ciclo inesquecível de conquistas, o
time do Parque São Jorge levou a Recopa Sul-americana derrubando o São Paulo,
cujos torcedores foram os mais cruéis observadores dos fracassos alvinegros
além das fronteiras brasileiras.
Atual campeão
sul-americano e mundial, o Timão colocou à prova o histórico recente diante do
rival do Morumbi, orgulhoso de seus triunfos continentais. Depois de fazer 2 a
1 fora de casa, os comandados de Tite não se satisfizeram em defender a
vantagem no Pacaembu, vencendo por 2 a 0 e fechando em 4 a 1 o placar agregado
da decisão contra o Tricolor, afundado na crise após nove jogos sem vitória.
Graças a gente como
Emerson, Guerrero, Danilo, Cássio, Paulinho e Jorge Henrique, o corintiano já
pode se ver na generosa totalidade de suas condições, seja qual for o jogo ---
de um Majestoso no Pacaembu a um embate com o Chelsea em Yokohama. Ficou para
trás o vira-latismo do novo dono da coroa unificada da América do Sul.
No confronto entre o
campeão da Copa Libertadores e o campeão da Copa Sul-americana, ficou clara a
superioridade alvinegra. Mesmo derrotado no primeiro jogo, o São Paulo sentiu a
ausência do machucado meia armador Jadson e resolveu se fechar com três
volantes. 
Limitando-se à marcação
no primeiro tempo, o Tricolor acabou sendo furado em lançamento de Edenílson
dominado por Emerson e concluído por Romarinho, com a participação de Guerrero.
Na etapa final, o excelente Danilo aproveitou o próprio rebote para fechar mais
uma decisão em que jogou demais.
O jogo - Com o Corinthians em seu
tradicional 4-2-3-1 e o São Paulo se fechando com um 4-4-2 losango, a partida
teve muita disputa no meio-campo ao longo de todo o primeiro tempo. Nessa
briga, a maior organização e a maior qualidade técnica para pôr a bola no chão
deram vantagem ao Alvinegro.
Logo de cara, Romarinho
esteve perto de aproveitar a sobra após furada de Guerrero. Pouco depois, chute
de fora de Danilo testou a atenção de Rogério Ceni. Atrapalhava bastante os
visitantes a marcação adiantada do Timão, que impedia uma saída de qualidade e
mantinha a bola em um dos lados do campo.
Só um chute de longe de
Osvaldo levou algum perigo ao time da casa, que buscava as triangulações pelos
lados à espera do espaço. Em uma falta sofrida por Fábio Santos, Gil quase
marcou de cabeça. No minuto seguinte, aos 35 minutos, o bloqueio tricolor foi
furado.
Um lançamento da direita
para a esquerda de Edenílson botou Emerson na área. O Sheik dominou bem e
cruzou rasteiro para Guerrero, que tentou o giro na risca da pequena área. O
peruano foi travado, mas Romarinho aproveitou o rebote e deixou a Fiel feliz a
ponto de gritar “olé” ainda no primeiro tempo. 
Danilo marcou mais uma
vez em um Majestoso e foi eleito o melhor jogador da decisão
Precisando de dois gols
para ao menos forçar a prorrogação, Paulo Autuori não teve escolha e mandou o
São Paulo ao ataque, com o atacante Aloísio no lugar do volante Wellington.
Ficou aberto o espaço para os contra-ataques, e o Corinthians só não matou o
campeonato, aos nove minutos da etapa final, porque Fábio Santos foi muito mal
na cara de Rogério Ceni, batendo em cima do goleiro e ignorando o livre
Guerrero.
Os tricolores chegaram a
se aproximar do empate, quando falhou a linha de impedimento alvinegra e
Aloísio ficou na cara de Cássio, mas o goleiro voltou à forma de 2012 para
fazer uma defesa excelente. Do outro lado, enfim, o ataque tratou de encerrar
qualquer chance de reação.
Aos 23 minutos, Guerrero
protegeu muito bem a bola e rolou para Fábio Santos cruzar. Danilo não marcou
de cabeça, porém aproveitou o próprio rebote para castigar o São Paulo mais uma
vez. Aos 24, a Fiel já fazia a sua festa, gritando: “Nosso freguês voltou”.
A partir daí, foi só
celebrar. Os torcedores chegaram a se esquecer do jogo para gritar o nome de
Paulinho, que se movimentava pelas numeradas. Aos 35, para acabar com qualquer
dúvida até no mais pessimista alvinegro, Renato Augusto entrou em campo
vestindo uma máscara preta, dando sequência aos gritos de “olé” e estabelecendo
de vez o carnaval no Pacaembu.
Helder Júnior, Marcos Guedes e Tossiro Neto do
R7.com
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