Na
tarde desta segunda-feira, técnico se despediu do plantel e causou comoção
entre os jogadores, que se mostraram emocionados com a demissão
Demitido oficialmente do Fluminense na tarde desta
segunda-feira, o treinador Abel Braga reconheceu o momento difícil que a equipe
tricolor passa nesta temporada. Entretanto, em entrevista concedida nas
Laranjeiras, o técnico negou interesse em rescindir seu contrato com clube
carioca, exaltou sua relação com elenco e destacou sua trajetória no comando do
time.
"Não estou deixando o Fluminense, fui
demitido. Eu não deixaria um grupo fantástico e nem largaria em um momento em
que a equipe não está vencendo. Serei muito breve, pois me emocionei quando me
despedi dos atletas. Percebi que era mais querido do que imaginava. Deixo o
time com um pedaço meu aqui, como terceiro treinador que mais comandou o
clube", exaltou.
Os primeiros indícios de que o técnico seria
desligado aconteceram na noite deste domingo, após a derrota diante do Grêmio,
quando a alta cúpula tricolor se reuniu ainda no hotel para traçar
planejamento. Na tarde desta segunda-feira, o técnico se despediu do plantel e
causou comoção entre os jogadores, que se mostraram emocionados com a demissão.
Abel não resistiu à sequência de cinco derrotas
consecutivas no Campeonato Brasileiro, onde deixa a equipe na zona de
rebaixamento, ocupando a 17ª colocação, com nove pontos. Além disso, o técnico
também fracassou em duas oportunidades na tentativa de conduzir o time tricolor
ao inédito título da Copa Libertadores da América, caindo nas quartas de final
contra Boca Juniors (Argentina) e Olimpia (Paraguai), respectivamente.
"Se eu fosse dirigente, eu também mudaria o
comando. Deixo meu agradecimento a todos no clube, sem exceção. Um enorme
agradecimento por ter me proporcionado esses momentos. Foram 26 meses na
equipe, algo raro no cenário nacional. Já era hora de fazer uma
alteração", destacou.
O treinador chegou ao Fluminense em junho de 2011 e
atingiu seu auge pelo clube tricolor na temporada seguinte, conquistando os
títulos estadual e brasileiro. Anteriormente, já havia tido uma passagem como
jogador, entre 1971 e 1976, e como técnico, em 2005, quando também foi campeão
regional. Ao todo, são 217 partidas no banco de reservas, com 117 vitórias, 44
empates e 59 derrotas.
"Repetirei algo que disse a um de nossos
jogadores, uma frase que algum gênio escreveu. ‘O covarde nunca tenta, o
fracassado nunca desiste e os vencedores sempre sabem onde querem chegar",
completou. "O treinador que chegar vai encontrar a equipe formada, um
grupo excepcional e jogadores de caráter, que sabem e medem todas as
consequências", encerrou.
A expectativa é de que o Fluminense anuncie novo
treinador ainda nesta semana. Vanderlei Luxemburgo e Ney Franco, sem equipe
desde que deixaram Grêmio e São Paulo, respectivamente, e Cristóvão Borges,
atualmente no Bahia, são os nomes preferidos dos dirigentes tricolores. Caso
ninguém seja contratado até esta quarta-feira, o técnico da equipe sub-17,
Marcos Valadares, ficará no banco de reservas contra o Cruzeiro, às 19h30 (de
Brasília), no Maracanã.
Informações
Gazeta
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