O
presidente em exercício do Santos, Odílio Rodrigues, foi à sede da Federação
Paulista nesta segunda-feira na esperança de convencer o Corinthians a aceitar
a decisão do Estadual em dois jogos no Morumbi. Mário Gobbi, presidente do
Timão, recusou.
Assim,
a final começará no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no estádio do
Pacaembu. A segunda partida acontecerá uma semana depois, no mesmo horário, na
Vila Belmiro. O roteiro é igual ao da edição de 2011 da competição, que acabou
com título do Peixe.
“Conversei
com o presidente Mário Gobbi, que é sempre muito atencioso, sobre duas
possibilidades. Uma delas era de duas partidas no Morumbi, com público e renda
divididos. O presidente deixou claro que o mando dele será sempre no Pacaembu.
Respeitamos, vimos coerência nisso. Com isso, o mando do Santos é na Vila”,
contou o mandatário atual do clube praiano.
Gobbi
vinha desde o último domingo, após a vitória nas semifinais sobre o São Paulo,
deixando claro que não aceitaria atuar no estádio do Tricolor. Mesmo assim,
teve de ouvir a proposta do Santos e, apesar da cordialidade na reunião, foi
incisivo em sua resposta. Na sequência, em entrevista, não esperou nem ser questionado
sobre o assunto para fazer o que chamou de “desabafo”.
“Faz
seis anos que respondo a mesma pergunta. ‘O Corinthians vai jogar no Pacaembu?’
‘O Corinthians vai jogar no Morumbi?’ Levantam polêmica onde não tem.
Economizem o tempo de vocês e digam a realidade. O Corinthians vai jogar no
Pacaembu. A federação exerce um papel democrático e deixa os clubes
escolherem”, disse o dirigente.
“Se
o Mogi Mirim mandou o jogo contra o Santos em Mogi e todo o mundo achou
justíssimo, por que não é justo o Corinthians jogar no Pacaembu? Desculpe, mas
é irritante, irrita mesmo. Até que seja aberto o estádio do Corinthians, o
nosso campo é o Pacaembu. Desculpe o desabafo, mas não aguento mais falar sobre
isso”, concluiu Gobbi.
O
Timão manterá os preços que foram cobrados ao longo do Paulista e destinará à
torcida do Santos 2.000 dos 34 mil à venda para o primeiro jogo. O Peixe também
dará 5% (700) da carga de bilhetes da Vila (16 mil) ao rival, mas aumentará o
valor. O setor mais barato, a arquibancada, terá provavelmente entradas a R$
100, com 50% de desconto para sócios.
A
reunião na sede da FPF só não definiu como será a distribuição da renda. Os
departamentos financeiros dos dois clubes farão contas antes de decidir se a
grana dos jogos será dividida ou se cada alvinegro ficará com o dinheiro de sua
partida como mandante.
Marcos Guedes – Gazeta
Esportiva

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