Deputado
federal foi até a sede da entidade, na Barra, Zona Oeste do Rio, ao lado de Ivo
Herzog e deixou o documento com uma secretária
Acompanhado do filho do
jornalista Vladimir Herzog, Ivo Herzog, e da deputada Jandira Feghali, o
deputado federal Romário foi à sede da CBF, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do
Rio de Janeiro, entregar o abaixo-assinado “Fora Marin”. Lançada na internet, a
petição online foi assinada por mais 54 mil pessoas e pede a saída do
presidente da entidade, José Maria Marin, do cargo. O trio não foi recebido oficialmente por
nenhum membro da CBF e deixou a petição com uma secretária.
- Marin não tem nada a ver
com o Brasil – afirmou Romário à imprensa, em frente à sede da CBF.
Ao lado de Ivo Herzog e
Jandira Feghali, Romário entrega petição na sede da CBF (Foto: Ag. Estado)
O pedido pela saída de
Marin se baseia em atos atribuídos ao presidente da entidade quando ele era
deputado estadual em São Paulo nos anos 70. Ele é acusado de ter apoiado num
discurso uma ação na TV Cultura que acabou com a prisão do jornalista Vladimir
Herzog. Herzog morreu na cadeia - segundo seu atestado de óbito "por causa
de maus-tratos e lesões sofridos na prisão nas dependências do II Exército em
São Paulo".
No mês passado, durante
coletiva do Comitê Organizador da Copa e da Fifa, Marin foi questionado sobre o
assunto e respondeu:
- Desafio que alguém traga
algum documento que comprove que eu tenha feito qualquer menção a essa pessoa
(Vladimir Herzog). Existe uma parte de um discurso feito na Assembleia
Legislativa de São Paulo, em 1975, mas não há qualquer relação com o jornalista
– defendeu-se Marin na ocasião.
O abaixo-assinado também
será entregue aos presidentes das 27 federações aos dirigentes dos 20 clubes da
Série A – todos têm direito a voto nas eleições da CBF, que vão acontecer no
primeiro semestre de 2014.
- Essa petição é muito
importante para futebol brasileiro. Antes da Copa, as federações terão poder de
voto – afirmou Romário, que aproveitou
para reclamar da posição da Seleção no ranking da Fifa (atualmente o time
canarinho ocupa a 18ª posição).
A deputada Jandira Feghali
disse que a era um ato simbólico de pressão política:
- O presidente de uma
entidade tão importante, em pleno Século XXI, não pode ser a favor da prisão de
jornalistas - como está ficando claro.
Já Ivo Herzog disse que o
problema não é apenas de Marin:
- A CBF usou seu site para
fazer um contraponto a esta petição. Então agora não é mais um problema só do
Marin - mas também da entidade.
Por GLOBOESPORTE.COM
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