Bastou a primeira derrota
para o Grêmio mudar de discurso sobre o gramado da Arena. Na última
quinta-feira, o estado do campo foi apontado como culpado pela vitória do
Huachipato por 2 a 1. Se os jogadores não reclamam publicamente, o fazem a Vanderlei
Luxemburgo e à direção. E o técnico e os comandantes adotam a seguinte lógica:
superar a dificuldade em uma partida (pré-Libertadores) é mais fácil do que em
três (fase de grupos). Desta forma, a partir desta sexta-feira, o presidente
Fábio Koff irá se reunir com a Arena Porto-Alegrense, gestora da nova casa,
para decidir qual rumo tomar. O mando do confronto com o Caracas, em 5 de
março, sai até o dia 22 de fevereiro. O Olímpico é a alternativa.
Embora tenha apresentado
melhora em comparação com a vitória sobre a LDU há 15 dias, o gramado ainda é
irregular. Cheio de areia. Pesado. Mudar, porém, não é fácil. O contrato com a
OAS, construtora que ergueu o estádio, não permite ao Tricolor mandar seus
jogos em outro local. Só em comum acordo, como os feitos para o Gauchão - já
foram três neste molde. Como inscreveu os dois estádios na competição
continental, o clube precisa avisar à Conmebol qual deseja usar com dez dias de
antecedência da próxima partida.
- Temos até dez dias
antes para definir o campo. Mas é preciso conversar com a Conmebol e a Arena
Porto-Alegrense. Como podemos ter jogo no dia 24 pelo Gauchão (quartas de final
do primeiro turno, em caso de classificação), marcamos de definir até 22. Não é
uma justificativa pela derrota. Depois da LDU, os atletas reclamaram. Depois
dos treinos desta semana também. Dizem que a bola quica, não se sabe aonde vai.
As falhas ainda dificultam muita a condução e o toque de bola. Vamos ver como
resolver - alegou Koff.
O diretor executivo de
futebol Rui Costa admitiu a alteração de pensamento:
A minha preocupação, como
responsável pelo futebol, é de ter as melhores condições para a prática do
esporte. Na primeira vez que me perguntaram, tangenciei o assunto. Entendi que
naquele momento tínhamos um jogo decisivo e tínhamos de passar por todas as
dificuldades. Havia a esperança de ele (gramado) evoluir. Mas, agora, não.
Temos seis jogos nesta fase, e ele não tem as melhores condições embora o
estádio seja maravilhoso. A derrota teve vários fatores, mas o campo tem a sua
parcela. O perfil técnico que temos exige as melhores condições. É claro que
enfrentaremos adversários em campo ruins, mas na nossa casa temos de ter o
diferencial a nosso favor.
Luxa sugeriu que o Grêmio
atuasse por um mês no Olímpico. Neste período, o gramado da Arena passaria a
ter condições.
- Quem me prova que esse
campo tem condições de jogar? O Grêmio não tem time com força física, tem time
para jogar com talento – decretou o comandante.
Por contrato, o Tricolor
tem de ceder o Olímpico até 30 de março à OAS, construtora responsável por
erguer a Arena. Mas, pelo o que se vê, ainda haverá muitas idas e vindas.
Informações Globo Esporte e Top News
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