Os são-paulinos chegam para o primeiro jogo
cientes da tradição infinitamente superior
O ano de 2012
parecia perdido para o São Paulo. Eliminado das principais competições, o time
parecia fadado a amargar mais um ano sem títulos enquanto todos os rivais
levantaram troféus. Mas a sorte mudou e agora o clube tricolor está a dois
jogos de conquistar pela primeira vez na sua história a Copa Sul-Americana, um
torneio que há bem pouco tempo atrás era visto como de menor valor em
comparação especialmente à Copa Libertadores, considerada um xodó no Morumbi.
Quis o destino que a competição virasse uma tábua de salvação da temporada e
tanto jogadores quanto torcida abraçaram a causa e trataram o desafio como de
vida ou morte.
O ato final da
jornada começa nesta quarta-feira, às 21h50, no mítico estádio La Bombonera, do
Boca Juniors, em Buenos Aires. Mas do outro lado não serão os temidos xeneizes,
mas sim o antes desconhecido Tigre, uma equipe modesta que tem nas seis
conquistas da Série B argentina seu ápice, mas que vem surpreendendo e eliminou
o favorito Millonarios, na Colômbia, na semifinal.
A campanha
tricolor até aqui tem sido marcada pela capacidade da equipe construir o
resultado fora de casa e apenas administrar no Morumbi. Foi assim contra o
Bahia (vitória por 2 a 0, em Salvador), Liga de Loja (empate em 1 a 1, no
Equador), Universidad de Chile (vitória por 2 a 0, em Santiago) e Universidad
Católica (igualdade em 1 a 1, também na capital chilena). Na final, no entanto,
o critério do gol marcado fora de casa não vale; prevalece o saldo de gols nos
duelos. Igualdade leva à prorrogação e, se necessário, pênaltis.
Empolgação não
falta aos brasileiros. Além de já ter garantido a classificação para a primeira
fase da Copa Libertadores por meio do Campeonato Brasileiro, os reservas
bateram o Corinthians no último domingo e a confiança para o duelo desta quarta
aumentou.
O time não terá
surpresas e irá com força máxima para o duelo.
Sem pressão
O elenco do São
Paulo encerrou sua preparação para a partida contra o Tigre em uma atividade de
reconhecimento do gramado do La Bombonera, onde os jogadores fizeram um
descontraído rachão. Ney Franco comemorou o espírito tranquilo encontrado na
Argentina e acredita que o grupo entrará em campo sem uma pressão exagerada
contra o rival de menos tradição no país.
"Sabemos que
será um jogo muito difícil. Vimos nos confrontos contra Cerro Porteño e
Millionarios que eles têm uma bola parada muito forte e precisaremos trabalhar
bastante. Nosso trabalho é o mesmo dos outros confrontos, sempre analisando os
adversários e trabalhando forte. Esperamos continuar tendo essa competência",
analisou o técnico, que também terá uma nova conversa com o grupo para evitar
excesso de reclamações ocorrido na partida de volta contra a Universidad
Católica, no Morumbi, pela semifinal da Sul-Americana.
"Isso será
muito abordado, especialmente o primeiro tempo, quando tivemos nossos dois
volantes pendurados por cartões. Isso não pode acontecer novamente, é algo que
não podemos repetir", alertou o comandante.
Agência Estado
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