Andrés Sanchez ainda é diretor
da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), mas não deve permanecer por muito
tempo no cargo. Nesta segunda-feira, ele admitiu que pensa em sair, falou em
tom de despedida e deu a entender que Luiz Felipe Scolari será o escolhido para
substituir Mano Menezes à frente da seleção brasileira.
“Não pedi demissão e nem fui
demitido. A tendência é essa [de sair], mas eu ainda vou ter uma reunião com o
presidente Marin e não vou falar para vocês o que eu pretendo falar pra ele”,
disse Andrés, em um primeiro momento.
Mais tarde, ele mudou o tom e
deixou a dúvida de lado. “Eu sou conselheiro do Corinthians. Agora é um momento
de reciclagem. Não sei o que eu vou fazer em 2013”, resumiu Andrés, que também
não confirmou sua candidatura à presidência da CBF em 2014, quando
possivelmente concorreria com Marco Polo del Nero, hoje vice de Marin e seu
virtual sucessor.
A rusga de Andrés, contratado
por Ricardo Teixeira, com a atual direção não é nova, mas chegou ao ápice na
semana passada, quando o ex-presidente do Corinthians foi voto vencido na
discussão que culminou na saída de Mano Menezes. O cartola revelou que o
treinador passou perto de cair há alguns meses e criticou o momento escolhido pela
CBF para a mudança.
“No começo ficou decidido que
ele [Mano] iria para a frente, até a Copa das Confederações e quem sabe mais
adiante. [A demissão] está em um momento muito errado. Não é uma crise, mas
gera uma insegurança. Estamos a três, quatro dias do sorteio da Copa das
Confederações e não temos treinador”, disse Andrés.
O diretor pretende encontrar
Marin ainda nesta segunda-feira, mas não conseguiu agendar uma reunião com o
presidente e a conversa pode ser adiada para terça.
Andrés ainda falou que o técnico
Luiz Felipe Scolari está “apalavrado” para ser o novo treinador da seleção,
assumindo o lugar deixado por Mano Menezes.
“Pelo que eu tenho visto e lido,
parece que o Felipão está apalavrado. Eu li por aí, com jornalistas sérios, que
eu confio, que ele está apalavrado”, disse Andrés, que ainda deu a entender que
Mano Menezes foi demitido por questões políticas.
Questionado sobre como é a sua
relação com o presidente José Maria Marin, Andrés disse que não tem problemas
com o chefe. "Minha relação com o Marin sempre foi respeitosa, sempre fui
ouvido, mas a última palavra é dele", afirmou o dirigente. Quando
questionado novamente, Andrés saiu pela tangente. "Você sabe? Nem
eu."
Fonte: Uol
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