Eles chegam mais ou menos na mesma época
dos panetones. Faltando uns dois meses para o natal, os panetones começam a
entulhar as prateleiras dos supermercados. Faltando umas cinco rodadas para o
Campeonato Brasileiro terminar, o STJD começa a fazer graça. Todo o ano é a
mesma coisa. O filósofo contemporâneo Tite chamaria isso de “previsibilidade”.
O STJD conseguiu mais uma vez a testeira do
noticiário ao “pedir a suspensão” do jogo entre Internacional e Palmeiras do
último sábado que será analisado. O gol de Barcos foi anulado com a ajuda da TV
ou não? Alguém pode provar isso?
Ganhamos mais uma vez um asterisco, Inter e
Palmeiras ficam com um jogo a menos na tabela até que o caso seja decidido. O
Inter, que não é bobo, quer liberar Forlán e D’Alessandro que estavam suspensos
por receber cartões amarelos contra o Palmeiras. A alegação é simples, se o
jogo não existiu e os pontos sumiram da tabela, os jogadores colorados também
não receberam cartões amarelos e podem jogar no fim de semana. Faz sentido o
pedido. O que não faz sentido é o tribunal mais pavão do planeta querer
aparecer mais do que os jogadores.
Toda essa confusão
tem nome, ou melhor, sigla. STJD. Assim como panetone no Natal, os auditores
aparecem em fim de Brasileirão. Porque sabem que qualquer frase dita vai virar
manchete. Em fase decisiva, uma canetada dessas decide título e rebaixamento. A
vantagem é que depois do Natal os panetones somem. O STJD sempre pode aparecer
a qualquer hora.
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