quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Efeito panetone

Eles chegam mais ou menos na mesma época dos panetones. Faltando uns dois meses para o natal, os panetones começam a entulhar as prateleiras dos supermercados. Faltando umas cinco rodadas para o Campeonato Brasileiro terminar, o STJD começa a fazer graça. Todo o ano é a mesma coisa. O filósofo contemporâneo Tite chamaria isso de “previsibilidade”.
O STJD conseguiu mais uma vez a testeira do noticiário ao “pedir a suspensão” do jogo entre Internacional e Palmeiras do último sábado que será analisado. O gol de Barcos foi anulado com a ajuda da TV ou não? Alguém pode provar isso?
Ganhamos mais uma vez um asterisco, Inter e Palmeiras ficam com um jogo a menos na tabela até que o caso seja decidido. O Inter, que não é bobo, quer liberar Forlán e D’Alessandro que estavam suspensos por receber cartões amarelos contra o Palmeiras. A alegação é simples, se o jogo não existiu e os pontos sumiram da tabela, os jogadores colorados também não receberam cartões amarelos e podem jogar no fim de semana. Faz sentido o pedido. O que não faz sentido é o tribunal mais pavão do planeta querer aparecer mais do que os jogadores.
Toda essa confusão tem nome, ou melhor, sigla. STJD. Assim como panetone no Natal, os auditores aparecem em fim de Brasileirão. Porque sabem que qualquer frase dita vai virar manchete. Em fase decisiva, uma canetada dessas decide título e rebaixamento. A vantagem é que depois do Natal os panetones somem. O STJD sempre pode aparecer a qualquer hora.


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