O
goleiro Márcio mostrou os motivos que levam o torcedor do Atlético-GO a nutrir
uma idolatria por seu futebol e foi decisivo nas cobranças de pênalti que
garantiram o Dragão na próxima fase da Copa Sul-americana. Após um empate por 1
a 1 com o Figueirense, no Orlando Scarpelli, o time aproveitou a ineficiência
dos donos da casa e se garantiu a sua inédita classificação à próxima fase do
torneio com duas defesas praticadas por seu camisa 1.
Agora o
Atlético-GO aguardará o confronto entre Tolima, da Colômbia, e Universidad
Católica, do Chile para saber quem será o seu próximo adversário na Copa
Sul-americana. Enquanto isso, a equipe voltará suas atenções para o Campeonato
Brasileiro. Com 15 pontos, o time aparece na 18ª colocação e tenta aproveitar o
seu bom momento para vencer o Bahia, em Pituaçu, e deixar a zona do
rebaixamento.
Já o
Figueirense aparece na lanterna da competição nacional, com 11 pontos, e
tentará amenizar sua situação contra o Coritiba, no próximo domingo.
O Jogo -
O Figueirense ignorou as faixas de protesto que o seu torcedor estendeu por
todo o Orlando Scarpelli e se mandou para o ataque já aos seis minutos do
primeiro tempo. O atacante Aloísio, que ocupava a função exercida por Loco
Abreu no time titular, se livrou do de Reniê e acertou um chute que raspou a
trave do goleiro Márcio. O atleta ainda tentou abrir o marcador aos 13, mas
mandou à direita do arqueiro adversário.
Sem
grande qualidade técnica no meio-campo o Figueirense foi todo para o campo
ofensivo. Aos 34, Aloísio ludibriou Gustavo dentro da área e tomou a dianteira,
obrigando Márcio a defender em seus pés. Dois minutos depois, o arqueiro
atleticano não contou com a mesma sorte e viu um chute mascado de Túlio desviar
em sua própria defesa e entrar no seu canto direito.
O gol
deu um ânimo a mais para os donos da casa e encheu atletas desacreditados de
confiança. Em uma dessas jogadas, o zagueiro Fred chamou a responsabilidade na
cobrança de falta e mandou uma pancada para a meta adversária. O tiro assustou
o goleiro Márcio, mas terminou na linha de fundo do Orlando Scarpelli.
O
prosseguimento do confronto não agradou a nenhum dos torcedores e foi
frustrante para os anfitriões. O técnico Hélio dos Anjos promoveu no intervalo
a saída de Guilherme Lazaroni para a entrada de Almir, só que a alteração não
contribuiu para dar mais qualidade ao meio-campo alvinegro. Sem o domínio que
caracterizou sua equipe na etapa inicial, o comandante viu o Atlético-GO ganhar
espaço e chegar ao seu primeiro gol.
Aos 13
minutos, o lateral Marcos cobrou falta para dentro da área e Gustavo se
esforçou para buscar a bola. O defensor conseguiu a cabeçada praticamente sem
ângulo na segunda trave e surpreendeu o goleiro Ricardo, que não se recuperou a
tempo de impedir o gol por cobertura do clube visitante.
A
partida seguiu sem nenhum aspecto que pudesse empolgar o público em
Florianópolis e manteve o duelo em um ritmo monótono. Sob os gritos de
protestos dos alvinegros, o Figueirense não conseguia trocar passes para
invadir a área e tentou desempatar com um chute de longe. Aos 32, Aloísio
mandou o tiro e Márcio caiu estranho para defender. O goleiro mandou para trás
e conseguiu a intervenção para evitar o segundo dos mandantes.
Sem uma
chance sequer de gol nos minutos que se seguiram, Figueirense e Atlético-GO
foram decidir a vaga à próxima fase nas penalidades máximas. Nas cobranças, os
catarinenses fizeram com Túlio e Caio, mas Fernandes e João Paulo pararam nas
mãos do goleiro Márcio. Já o Dragão desperdiçou com Marcos e se classificou de
forma inédita ao converter com Dodó, Ernandes, Márcio e Patric.
GAZETA ESPORTIVA
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