João Prata esporte@eband.com.br
A
Copa Libertadores é disputada desde 1960. O Corinthians tentou o título nove
vezes – a edição deste ano é a décima. Mais de cem jogadores vestiram a camisa
e fracassaram. Milhões de torcedores sofreram ao longo dos anos. Para o
atacante Emerson, o fim do sofrimento está perto de acabar.
“Chegou
a hora do Corinthians!”, disse Emerson Sheik, principal atacante do Timão,
durante o reconhecimento do gramado da Bombonera, na noite desta terça-feira, a
pouco mais de 24 horas do início da primeira final do clube na competição.
O
recado foi claro. Para a torcida e para todos que a disputaram e que defenderam
o Corinthians. “Um amigo me disse hoje que, quando eu entrasse em campo,
lembrasse da minha infância que foi difícil. Eu sempre lembro com carinho, mas acontece
tantas coisas no dia a dia...”
“Há
alguns anos, o Corinthians não tinha um CT. Com a chegada do Ronaldo, junto do
Andrés (Sanchez, ex-presidente), fizeram um clube diferente. Se não for neste
ano, mas a gente espera que seja, temos certeza de que o clube cresceu e está
no caminho certo para a conquista. A gente, e quando falo a gente digo nós,
jogadores, espera dar esse presente à torcida, a todos os atletas que passaram
pelo clube e não conseguiram o título. Por tudo que o clube é hoje, deve às pessoas
que acreditaram e fizeram o clube ainda maior. Eu falo com meus amigos: está na
hora, é o nosso momento de ter coragem e personalidade”, discursou Emerson.
O
Corinthians foi o primeiro clube a treinar na Bombonera em véspera de jogo
nesta edição da Libertadores. Sempre que foi mandante, o Boca não permitiu que
os adversários treinassem no campo para não estragar o gramado. A "boa
ação" tem explicação: os argentinos sabem que o tratamento será igual no
jogo de volta, no Pacaembu. Preferiram cumprir o que determina a Conmebol,
permitir que os visitantes façam treino de reconhecimento no estádio local da
partida, na véspera.
Nesta
Libertadores, só uma vez o Timão não conseguiu fazer o reconhecimento. Foi nas
oitavas de final, em Guaiaquil, no Equador, antes do jogo contra o Emelec. Os
jogadores caminharam pelo gramado e tiveram de se retirar minutos depois. Na
partida de volta, o clube equatoriano treinou no Pacaembu.
Torcedores
acompanharam e apoiaram os jogadores no hotel, durante a saída para a Bombonera
e a volta do estádio. O goleiro Cássio e o atacante Liedson foram os mais
festejados. Paulinho, Danilo, Alex e Sheik, destaques da equipe nas últimas
partidas, contra Santos e Vasco, passaram rapidamente pelo saguão.
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