quarta-feira, 27 de junho de 2012

Mídia argentina vê Corinthians como rival 'duro' e 'final incômoda' para o Boca

Rival do Boca Juniors na grande decisão da Copa Libertadores, o Corinthians virou alvo de análise da mídia argentina nesta quarta-feira, dia do primeiro jogo da final. O elenco do técnico Tite foi exaltado, mas o fato de ser a primeira vez que o clube decide o torneio tornou-se um ponto fraco, ainda mais por enfrentar um time que busca o sétimo título.
O “Olé”, o principal diário esportivo do país, destaca o desejo do Boca em alcançar o Independiente, maior vencedor da Libertadores com sete taças, e que ver o time argentino presente em seis das últimas 13 finais deve assustar, mas entende que o duelo é uma "final incômoda", já que a equipe é considerada favorita, mesmo sem saber contra quem jogará. O Corinthians é visto como um adversário “duro”, apesar de ainda buscar o primeiro título e disputar sua primeira decisão.
Para o jornal, o sistema defensivo do time de Tite é o ponto forte do Corinthians com o recorde de três gols sofrido em 12 jogos na Libertadores, sendo apenas um como mandante.
Na comparação entre os jogadores, se o Boca tem mais experiência na competição, a rodagem e a união do elenco são exaltados. Leandro Castán é visto como “jovem, mas experiente” e com ida certa para a Roma, da Itália. Ralf é um “volante de seleção”, assim como Paulinho.
Alex e Danilo são vistos como meias habilidosos e com uma Libertadores cada no currículo (o primeiro com o Inter, em 2006, e o segundo com o São Paulo, em 2005). Já Emerson é um jogador de “mil batalhas”.
Já um artigo no site “Canchallena” exalta a história de sofrimento da equipe, citando o jejum de 23 anos sem título, quebrado com o título paulista de 1977, e das piadas que os corintianos eram alvos até Basílio marcar o gol da vitória sobre a Ponte Preta.
A ausência de títulos internacionais também é usada para mostrar que o torcedor do clube costuma sofrer nas mãos dos rivais são-paulinos, palmeirenses e santistas. Sobre o Mundial de 2000, diz que Manchester United e Real Madrid “vieram à praia e não para jogar futebol” e que o clube não tem passaporte. Por outro lado, o cinco título do Brasileirão desde 1990 e as três Copas do Brasil são usados para mostrar a força do clube.
O texto também cita a relação entre o Corinthians e o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, que o clube passou a ser a “equipe do poder” desde que o ex-presidente Andrés Sanchez assumiu o cargo e que hoje time é um dos que mais lucra com o dinheiro da televisão, cerca de quatro vezes mais que o Boca, por exemplo.
Do UOL, em São Paulo

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