Rival
do Boca Juniors na grande decisão da Copa Libertadores, o Corinthians virou
alvo de análise da mídia argentina nesta quarta-feira, dia do primeiro jogo da
final. O elenco do técnico Tite foi exaltado, mas o fato de ser a primeira vez
que o clube decide o torneio tornou-se um ponto fraco, ainda mais por enfrentar
um time que busca o sétimo título.
O
“Olé”, o principal diário esportivo do país, destaca o desejo do Boca em
alcançar o Independiente, maior vencedor da Libertadores com sete taças, e que
ver o time argentino presente em seis das últimas 13 finais deve assustar, mas
entende que o duelo é uma "final incômoda", já que a equipe é
considerada favorita, mesmo sem saber contra quem jogará. O Corinthians é visto
como um adversário “duro”, apesar de ainda buscar o primeiro título e disputar
sua primeira decisão.
Para
o jornal, o sistema defensivo do time de Tite é o ponto forte do Corinthians
com o recorde de três gols sofrido em 12 jogos na Libertadores, sendo apenas um
como mandante.
Na
comparação entre os jogadores, se o Boca tem mais experiência na competição, a
rodagem e a união do elenco são exaltados. Leandro Castán é visto como “jovem,
mas experiente” e com ida certa para a Roma, da Itália. Ralf é um “volante de
seleção”, assim como Paulinho.
Alex
e Danilo são vistos como meias habilidosos e com uma Libertadores cada no
currículo (o primeiro com o Inter, em 2006, e o segundo com o São Paulo, em
2005). Já Emerson é um jogador de “mil batalhas”.
Já
um artigo no site “Canchallena” exalta a história de sofrimento da equipe,
citando o jejum de 23 anos sem título, quebrado com o título paulista de 1977,
e das piadas que os corintianos eram alvos até Basílio marcar o gol da vitória
sobre a Ponte Preta.
A
ausência de títulos internacionais também é usada para mostrar que o torcedor
do clube costuma sofrer nas mãos dos rivais são-paulinos, palmeirenses e
santistas. Sobre o Mundial de 2000, diz que Manchester United e Real Madrid
“vieram à praia e não para jogar futebol” e que o clube não tem passaporte. Por
outro lado, o cinco título do Brasileirão desde 1990 e as três Copas do Brasil
são usados para mostrar a força do clube.
O
texto também cita a relação entre o Corinthians e o ex-presidente Luis Inácio
Lula da Silva, que o clube passou a ser a “equipe do poder” desde que o
ex-presidente Andrés Sanchez assumiu o cargo e que hoje time é um dos que mais
lucra com o dinheiro da televisão, cerca de quatro vezes mais que o Boca, por
exemplo.
Do UOL, em São Paulo
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