Desta vez não houve
domínio absoluto. Mas no fim, deu Espanha novamente. Após empate em 0 a 0 no tempo
normal e na prorrogação de um jogo bastante equilibrado com Portugal, a Fúria
foi mais competente na disputa de pênaltis: 4 a 2, e classificação garantida à
final da Eurocopa. Iniesta, Piqué, Sergio Ramos e Fábregas marcaram para os
espanhóis (Xabi Alonso perdeu sua cobrança). Do lado lusitano, João Moutinho
parou em Casillas e Bruno Alves acertou o travessão. Cristiano Ronaldo nem
chegou a participar das penalidades.
Domingo, na decisão em
Kiev, a Espanha tentará ser a primeira seleção a conquistar duas vezes seguidas
o título europeu. Sua adversária sairá da semifinal desta quinta-feira, entre
Alemanha e Itália. O vencedor desta partida garantirá, além da vaga na decisão,
o direito de disputar a Copa das Confederações de 2013, no Brasil, já que os espanhóis
tem lugar assegurado como campeões mundiais.
O JOGO
A primeira boa chance do
jogo em Donetsk foi da Espanha, aos oito minutos: Iniesta entrou na área
tabelando e tocou para Negredo, que não conseguiu o domínio. A bola sobrou para
Arbeloa bater de primeira, da entrada da área, rente ao travessão português.
Logo depois, Iniesta também chutou de longe, para fora.
A resposta lusa veio
minutos depois com o craque Cristiano Ronaldo, que disparou pela esquerda e
cruzou para a área espanhola, mas o goleiro Casillas ficou com a bola. Aos 16,
o camisa 7 sofreu falta à esquerda da área e ele mesmo bateu, mas ficou na
barreira.
Ao contrário de outros
adversários, Portugal não se plantou na defesa à espera dos espanhóis. Marcando
a saída de bola adversária, o time luso foi melhor no primeiro tempo. Aos 24,
Cristiano Ronaldo recebeu à frente da área mas exagerou: bateu de virada, com o
pé esquerdo, e isolou a bola.
Cristiano Ronaldo perde grande chance aos 44 do
segundo tempo
Depois de sofrer pressão
por cerca de dez minutos, a Espanha conseguiu assustar em contra-ataque, num
chute de Iniesta que raspou o travessão de Rui Patrício, aos 28. Mas Portugal
continuava melhor e quase abriu o placar no minuto seguinte: após erro na saída
de bola da Espanha, Cristiano Ronaldo bateu rasteiro, da entrada da área, rente
à trave esquerda de Casillas.
Somente nos dez minutos
finais do primeiro tempo, a Espanha enfim equilibrou a partida. Mas sem
encontrar espaço para o seu tradicional jogo de toque de bola, a Fúria não
levou perigo ao gol lustiano até o intervalo.
Logo aos oito minutos do
segundo tempo, o técnico Vicente del Bosque desistiu do esquema tático
escolhido para a partida, trocando o atacante Negredo - a surpresa na escalação
- pelo meia Fàbregas. Mas Portugal mantinha o domínio. Hugo Almeida, em jogada
individual e aproveitando lançamento de Cristiano Ronaldo, tentou duas vezes
antes dos 15 minutos.
Aos 22, um erro de passe
na defesa portuguesa deu à Espanha uma boa oportunidade de contra-ataque, mas o
chute de Xavi, da entrada da área, parou nas mãos de Rui Patrício. Àquela
altura, a Espanha tinha, pela primeira vez no jogo, o domínio das ações. Mas Portugal
não estava entregue: aos 27, Cristiano Ronaldo cobrou falta da intermediária,
com perigo para o gol de Casillas. Aos 38, o craque do Real Madrid teve outra
chance, mais perto da área, mas mandou de novo para fora. E na última
oportunidade antes da prorrogação - a melhor da partida, num contra-ataque
veloz de Portugal -, o camisa 7 recebeu pela esquerda na área mas chutou longe
do gol.
Sem Xavi, Espanha domina a prorrogação
Pouco antes do fim do
jogo, Del Bosque fez uma mudança rara na Espanha: trocou o meia Xavi, que não
teve mesmo boa atuação, pelo atacante Pedro. E com a mudança a Fúria voltou
melhor na prorrogação. Aos cinco minutos, Iniesta pegou a sobra do cruzamento
de Pedro e chutou de primeira, mas a bola parou na defesa lusa. Aos 12, Navas
recebeu na área mas bateu quase na linha lateral. Na sequência, a jogada mais
perigosa da partida: Jordi Alba cruzou da esquerda e Iniesta, na linha da
pequena área, chutou de primeira, mas Rui Patrício fez excelente defesa.
A Espanha continuou
pressionando no segundo tempo, aproveitando o cansaço de Portugal, que não
conseguia mais marcar sob pressão como fez durante os 90 minutos e claramente
tentava levar a decisão para os pênaltis. Aos seis, Rui Patrício voltou a
trabalhar, em chute cruzado de Navas. Logo depois, Fàbregas fez ótimo
lançamento para Pedro, mas o atacante se atrapalhou e permitiu o corte da zaga
portuguesa. Apesar da pressão, a Fúria não foi capaz de tirar o 0 a 0 do
placar.
Os pênaltis
Logo na primeira cobrança
de pênaltis, do espanhol Xabi Alonso, o goleiro Rui Patrício brilhou ao
defender o chute no canto esquerdo. Mas Casillas deu o troco, ao evitar o gol
de João Moutinho. O primeiro jogador a marcar foi o meia Iniesta: 1 a 0
Espanha. O luso-brasileiro Pepe empatou na sequência. Piqué também acertou e
colocou a Fúria de novo na frente. Logo depois, o zagueiro Bruno Alves já
caminhava para a cobrança quando Nani correu para substituí-lo. O atacante
bateu alto e deixou 2 a 2 no placar. Com cavadinha, Sergio Ramos fez o terceiro
da Espanha. Bruno Alves, que ia bater o pênalti anterior, enfim se apresentou
para a cobrança, mas acertou o travessão, deixando a Espanha a um gol da vaga.
E Fàbregas não perdeu a oportunidade: cobrou no canto direito, sem chances para
Rui Patrício.
Informações: O GLOBO
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