quarta-feira, 27 de junho de 2012

Após 120 minutos sem gols, Fúria elimina Portugal nos pênaltis e agora espera Alemanha ou Itália na decisão

Desta vez não houve domínio absoluto. Mas no fim, deu Espanha novamente. Após empate em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação de um jogo bastante equilibrado com Portugal, a Fúria foi mais competente na disputa de pênaltis: 4 a 2, e classificação garantida à final da Eurocopa. Iniesta, Piqué, Sergio Ramos e Fábregas marcaram para os espanhóis (Xabi Alonso perdeu sua cobrança). Do lado lusitano, João Moutinho parou em Casillas e Bruno Alves acertou o travessão. Cristiano Ronaldo nem chegou a participar das penalidades.
Domingo, na decisão em Kiev, a Espanha tentará ser a primeira seleção a conquistar duas vezes seguidas o título europeu. Sua adversária sairá da semifinal desta quinta-feira, entre Alemanha e Itália. O vencedor desta partida garantirá, além da vaga na decisão, o direito de disputar a Copa das Confederações de 2013, no Brasil, já que os espanhóis tem lugar assegurado como campeões mundiais.
O JOGO 
A primeira boa chance do jogo em Donetsk foi da Espanha, aos oito minutos: Iniesta entrou na área tabelando e tocou para Negredo, que não conseguiu o domínio. A bola sobrou para Arbeloa bater de primeira, da entrada da área, rente ao travessão português. Logo depois, Iniesta também chutou de longe, para fora.
A resposta lusa veio minutos depois com o craque Cristiano Ronaldo, que disparou pela esquerda e cruzou para a área espanhola, mas o goleiro Casillas ficou com a bola. Aos 16, o camisa 7 sofreu falta à esquerda da área e ele mesmo bateu, mas ficou na barreira.
Ao contrário de outros adversários, Portugal não se plantou na defesa à espera dos espanhóis. Marcando a saída de bola adversária, o time luso foi melhor no primeiro tempo. Aos 24, Cristiano Ronaldo recebeu à frente da área mas exagerou: bateu de virada, com o pé esquerdo, e isolou a bola.
Cristiano Ronaldo perde grande chance aos 44 do segundo tempo
Depois de sofrer pressão por cerca de dez minutos, a Espanha conseguiu assustar em contra-ataque, num chute de Iniesta que raspou o travessão de Rui Patrício, aos 28. Mas Portugal continuava melhor e quase abriu o placar no minuto seguinte: após erro na saída de bola da Espanha, Cristiano Ronaldo bateu rasteiro, da entrada da área, rente à trave esquerda de Casillas.
Somente nos dez minutos finais do primeiro tempo, a Espanha enfim equilibrou a partida. Mas sem encontrar espaço para o seu tradicional jogo de toque de bola, a Fúria não levou perigo ao gol lustiano até o intervalo.
Logo aos oito minutos do segundo tempo, o técnico Vicente del Bosque desistiu do esquema tático escolhido para a partida, trocando o atacante Negredo - a surpresa na escalação - pelo meia Fàbregas. Mas Portugal mantinha o domínio. Hugo Almeida, em jogada individual e aproveitando lançamento de Cristiano Ronaldo, tentou duas vezes antes dos 15 minutos.
Aos 22, um erro de passe na defesa portuguesa deu à Espanha uma boa oportunidade de contra-ataque, mas o chute de Xavi, da entrada da área, parou nas mãos de Rui Patrício. Àquela altura, a Espanha tinha, pela primeira vez no jogo, o domínio das ações. Mas Portugal não estava entregue: aos 27, Cristiano Ronaldo cobrou falta da intermediária, com perigo para o gol de Casillas. Aos 38, o craque do Real Madrid teve outra chance, mais perto da área, mas mandou de novo para fora. E na última oportunidade antes da prorrogação - a melhor da partida, num contra-ataque veloz de Portugal -, o camisa 7 recebeu pela esquerda na área mas chutou longe do gol.
Sem Xavi, Espanha domina a prorrogação
Pouco antes do fim do jogo, Del Bosque fez uma mudança rara na Espanha: trocou o meia Xavi, que não teve mesmo boa atuação, pelo atacante Pedro. E com a mudança a Fúria voltou melhor na prorrogação. Aos cinco minutos, Iniesta pegou a sobra do cruzamento de Pedro e chutou de primeira, mas a bola parou na defesa lusa. Aos 12, Navas recebeu na área mas bateu quase na linha lateral. Na sequência, a jogada mais perigosa da partida: Jordi Alba cruzou da esquerda e Iniesta, na linha da pequena área, chutou de primeira, mas Rui Patrício fez excelente defesa.
A Espanha continuou pressionando no segundo tempo, aproveitando o cansaço de Portugal, que não conseguia mais marcar sob pressão como fez durante os 90 minutos e claramente tentava levar a decisão para os pênaltis. Aos seis, Rui Patrício voltou a trabalhar, em chute cruzado de Navas. Logo depois, Fàbregas fez ótimo lançamento para Pedro, mas o atacante se atrapalhou e permitiu o corte da zaga portuguesa. Apesar da pressão, a Fúria não foi capaz de tirar o 0 a 0 do placar.
Os pênaltis
Logo na primeira cobrança de pênaltis, do espanhol Xabi Alonso, o goleiro Rui Patrício brilhou ao defender o chute no canto esquerdo. Mas Casillas deu o troco, ao evitar o gol de João Moutinho. O primeiro jogador a marcar foi o meia Iniesta: 1 a 0 Espanha. O luso-brasileiro Pepe empatou na sequência. Piqué também acertou e colocou a Fúria de novo na frente. Logo depois, o zagueiro Bruno Alves já caminhava para a cobrança quando Nani correu para substituí-lo. O atacante bateu alto e deixou 2 a 2 no placar. Com cavadinha, Sergio Ramos fez o terceiro da Espanha. Bruno Alves, que ia bater o pênalti anterior, enfim se apresentou para a cobrança, mas acertou o travessão, deixando a Espanha a um gol da vaga. E Fàbregas não perdeu a oportunidade: cobrou no canto direito, sem chances para Rui Patrício.
Informações: O GLOBO

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