Por Thales Soares - Rio de Janeiro
A
imagem de Oswaldo de Oliveira encarando a torcida do Botafogo depois da
eliminação na Copa do Brasil, contra o Vitória, quarta-feira, foi marcante. O
treinador passou a viver uma relação de altos e baixos com quem frequenta a
arquibancada do Engenhão, que vai dos aplausos pelo seu trabalho positivo até
as vaias. O próximo capítulo é a decisão do Campeonato Carioca, contra o
Fluminense, domingo, às 16h (de Brasília), no Engenhão.
Nos
primeiros jogos, Oswaldo chegou a reclamar do comportamento dos torcedores,
principalmente depois de dois empates seguidos com Nova Iguaçu e Madureira. No
entanto, a paz veio com a sequência de bons resultados e a vitória na final da
Taça Rio sobre o Vasco.
Mas
as derrotas seguidas para Fluminense e Vitória fizeram o comandante relatar
situações distintas. Segundo ele, sua percepção na decisão do Carioca, mesmo
com a goleada de 4 a 1 aplicada pelo rival, foi de apoio, ao contrário do que
aconteceu na queda na Copa do Brasil.
-
Contra o Fluminense, eles mostraram apoio o tempo todo. Só vaiaram depois do
apito do árbitro. Quarta-feira, contra o Vitória, foi diferente. Não era a
mesma torcida. Ninguém deixa de ser Botafogo por causa dessas derrotas. Com o
ambiente favorável, nós vamos conseguir. Com o ambiente desfavorável, podemos conseguir,
mas será muito mais difícil - afirmou Oswaldo.
Para
ilustrar seu pensamento, o técnico do Botafogo lembrou um jogo contra o River
Plate-ARG, na Copa Mercosul de 2000, quando comandava o Vasco. Na época,
conseguiu uma vitória histórica por 4 a 1, no Estádio Monumental de Nuñez.
-
Torcedor não é de vitória, mas da equipe. Fui com o Vasco jogar contra o River
Plate, que era unanimidade e favorito disparado. Chegamos lá e metemos quatro.
A torcida deles aplaudiu até o fim. Depois, vencemos no Rio por 1 a 0 e eles
continuaram aplaudindo. Esse é o conceito de torcida - explicou, pedindo uma
paciência maior na fase ruim.
Até
o momento, a procura por ingressos tem sido pequena do lado dos torcedores do
Botafogo. Os setores do Fluminense já foram esgotados. Para ser campeão, o time
de Oswaldo de Oliveira precisa vencer por quatro gols de diferença, depois de
ter sido goleado por 4 a 1 no primeiro jogo. Se fizer três de vantagem, a
decisão do título será nas cobranças de pênaltis.

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