Coritiba tem de interromper a má fase do ataque, que
não marca gols há três jogos, para superar a equipe baiana e chegar à semifinal
Há três jogos sem marcar, o Coritiba sabe que hoje precisa
balançar a rede se quiser garantir a vaga na semifinal na Copa do Brasil sem
uma nova disputa de pênaltis. O torcedor coxa-branca ainda não se esqueceu da
aflição da decisão do Paranaense no Atletiba e, para não sofrer mais uma vez,
necessita que os atacantes acertem o pé a partir das 22 horas, contra o
Vitória, no Couto Pereira.
Os homens de frente estão devendo. Os artilheiros do time no ano
ainda são o zagueiro Emerson e o meia Lincoln, com oito gols cada. O também
meia Éverton Ribeiro tem sete e Anderson Aquino, o atacante que mais marcou
nesta temporada, fez seis, assim como o meia Renan Oliveira.
Sem Rafinha e Tcheco, contundidos, o técnico Marcelo Oliveira
não confirmou a equipe, mas adiantou que treinou muitas finalizações na última
semana.
Entre os jogadores, o discurso é não deixar a pressão de marcar
recair somente sobre os atacantes. “A responsabilidade é de todos. Não é só o
Roberto, o [Anderson] Aquino e o Everton Costa ali na frente que fazem gols”,
afirma o lateral-esquerdo Lucas Mendes. O zagueiro de origem tem mais de 100
jogos com a camisa coxa-branca, mas nunca balançou a rede como profissional.
“Tomara que saia o gol amanhã [hoje]”, completa.
Em uma partida na qual marcar é crucial, não sofrer também é
fundamental. Resultado do regulamento da Copa do Brasil, que garante a
classificação para o time baiano caso ocorra qualquer empate com gols. “O
Vitória vem para cá precisando de um gol para passar. Se nós fizermos um gol,
eles continuam precisando de um. Tem de ter todos os cuidados, de atacar
sempre, mas cuidando do contra-ataque”, explica o treinador alviverde.
“Eu tenho como conceito que se você tiver quatro jogadores bem
postados atrás, você não leva o contra-ataque. Então, pode trabalhar
ofensivamente com seis atletas”, afirma.
Porém, Oliveira fez questão de lembrar que o 0 a 0 na decisão do
Estadual, por exemplo, não foi negativo. “Não podemos lamentar um empate que
nos concedeu um campeonato”, argumenta.
O próprio presidente do clube, Vilson Ribeiro de Andrade,
tenta minimizar a cobrança. Ele alega que o time só não marcou um gol
contra o Internacional, no domingo, porque o de Everton Costa foi
anulado pela arbitragem. “Estou satisfeito [com o ataque]. Não entro nessa
neura”, garante.
Por Gazeta do Povo |
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