Por Globoesporte.com
Após a histórica vitória diante do Boca Juniors em plena Bombonera , os mais otimistas torcedores do Fluminense imaginavam que o time iria atropelar o modesto Zamora-VEN no Engenhão. Mas dentro de campo o roteiro não foi bem este. Diante de um adversário que jogou praticamente os 90 minutos com nove jogadores protegendo a grande área, o Tricolor conseguiu uma modesta, mas importantíssima, vitória por 1 a 0. O único gol do confronto foi marcado pelo zagueiro Anderson, que levou alegria aos 21.252 pagantes e aos pouco mais de 24 mil presentes no estádio.
Com o triunfo, o Fluminense chegou à terceira vitória consecutiva na Libertadores, mantendo os 100% de aproveitamento. Com nove pontos conquistados em três jogos, o clube é o líder do Grupo 4 e pode terminar a rodada na liderança geral da competição, caso o Libertad não vença o Vasco ainda esta noite.
O Fluminense agora volta a entrar em campo no próximo sábado, às 16h (de Brasília), contra o Macaé, em Moça Bonita , pela Taça Rio. Já pela Libertadores, o time só entra em campo no dia 29 de março, contra o mesmo Zamora, na Venezuela.
Ferrolho do Zamora impede chances claras de gol
Na véspera do jogo desta noite, Abel Braga fez algumas previsões. O treinador tricolor sabia que o Fluminense teria maior posse de bola desde o início, mas, ao mesmo tempo, lembrou que o ferrolho do Zamora, formado por uma linha de cinco na defesa, poderia render dificuldades ao time. Foi exatamente o que aconteceu. Desde o primeiro minuto, o Flu tomou a iniciativa da partida buscando abrir o placar. Mas, apesar do grande volume de jogo, o gol simplesmente não saiu na etapa inicial.
As tentativas foram das mais variadas maneiras. Sobis, escolhido por Abel para substituir o lesionado Thiago Neves, tentou se movimentar para dar opção a Deco. Wellington Nem, com a sua já conhecida velocidade, também era bastante acionado, assim como o lateral Bruno, presença constante no ataque. Fred lutava entre os zagueiros. Mas a marcação rival era bem executada. Apesar da insistência, foram raras as chances de maior perigo para o goleiro Forero. Na defesa, a situação tricolor era bem tranquila. Os venezuelanos praticamente não atacaram. Foram dois lances isolados apenas: um chute que passou perto da trave e um escanteio cobrado de maneira fechadinha, obrigando Diego Cavalieri a tirar de tapa.
Com o passar do tempo, a marcação do Zamora começou a irritar o Fluminense. E a calma que o treinador pediu aos torcedores e ao próprio time o capitão Fred acabou não tendo. O zagueiro Bustamente passou o jogo inteiro como um carrapato grudado no camisa 9. Após uma das inúmeras disputas de bola entre os dois, Fred perdeu a cabeça e desferiu um soco no adversário. Ele poderia ter sido expulso, mas o árbitro chileno Patrício Polic deu apenas o cartão amarelo. Na saída para o intervalo, apesar de os tricolores terem evitado as vaias, Abel Braga ouviu das aquibancadas o pedido para a entrada de Lanzini.
Pressão, enfim, dá em gol
Apesar dos gritos por Lanzini, a mudança feita por Abel Braga foi no ataque. Na esperança de ganhar mais bolas pelo alto, superando o bloqueio defensivo imposto pelos venezuelanos, o treinador sacou Rafael Sobis e lançou Rafael Moura. A substituição mudou a tática e a postura do time. O volume de jogo foi mantido, mas uma diferença saltou aos olhos: chances de gol. O time iniciou a etapa final assustando de cara os venezuelanos. Até mesmo Diguinho de canhota acertou a trave. E a bola insistia em não entrar.
Outra das previsões de Abel era que se o Fluminense não controlasse a ansiedade e a torcida passasse a pressionar, o time jogaria de maneira errada fazendo com que até mesmo os zagueiros tentassem resolver lá na frente. Nesta projeção, Abel acertou apenas uma parte. O time tricolor continuou martelando o Zamora até que uma bola sobrou limpa para Anderson dominar e chutar com categoria para abrir o placar. O zagueiro voltava para o seu setor após uma bola levantada na área e acabou estando no lugar certo na hora certa.
O gol trouxe tranquilidade ao Fluminense. O peso de abrir o placar diante de um time tão fechado já tinha saído dos ombros dos tricolores. Até mesmo a torcida, que poderia perder a paciência, ficou mais tranquila e incentivou ainda mais a equipe.
Lanzini entrou no lugar de Deco e o time seguiu pressionando, mas sem afobação. Rafael Moura quase marcou um belo gol em chute colocado. No lance seguinte, o próprio Lanzini teve boa chance. Tudo parecia controlado, mas uma chance clara de gol do Zamora salva por Anderson serviu para manter o sinal de alerta ligado no Fluminense. Zambrano quase empatou. Mas, apesar do susto, o time conseguiu administrar o resultado e sair do Engenhão ainda com os 100% de aproveitamento na Libertadores.
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