sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Sem tolerar Luxemburgo, Flamengo estuda forma de demiti-lo

Multa rescisória é único entrave para a medida. Patrícia Amorim terá conversa ‘olho no olho’ com o comandante quando ele retornar da Bolívia
A foto da discórdia de Luxa e Ronaldinho
(Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Só a multa rescisória de R$ 4 milhões segura Vanderlei Luxemburgo no Flamengo. A diretoria está farta do comandante e planeja a saída dele imediatamente. Haverá uma conversa “olho no olho” entre a presidente Patrícia Amorim e o treinador para discutir os problemas da pré-temporada.
Luxemburgo está isolado no clube. Ele vive às turras com o vice de finanças Michel Levy e não suporta o diretor de futebol Luiz Augusto Veloso. Como medida paliativa para o jogo contra o Real Potosí, Patrícia convidou o empresário Jorge Rodrigues, amigo do treinador, para chefiar a delegação na Bolívia. Ele foi enviado como um missionário da paz para amenizar o clima ruim depois dos dias em Londrina.
Vanderlei marcou território e avisou que não pede demissão em hipótese alguma. A ideia dele, segundo análise dos dirigentes do alto escalão, é obrigar a diretoria a tomar a decisão de mandá-lo embora e encarar o desgaste com a opinião pública.
O episódio da foto armada entre Ronaldinho e Luxa também não repercutiu bem. Depois de queixas mútuas internas durante a pré-temporada, ambos posaram para o fotógrafo do clube sorrindo lado a lado na Bolívia. A ideia partiu de dirigentes que estavam em Sucre. No Rio de Janeiro, a diretoria, que não participou da trama, considerou a imagem uma “forçada desnecessária”.
Antes da viagem à Bolívia, Ronaldinho e seu irmão, Roberto Assis, pediram garantias de que Vanderlei sairia do cargo. Eles teriam recebido a resposta positiva de Patrícia em uma das reuniões para tentar o acerto com a Traffic. A presidente não confirma essa informação.
Em outra ponta do problema, a presidente detectou a fragilidade no departamento de futebol e busca um nome para ser o vice de futebol e evitar a superexposição dela nos problemas do setor.
Por Janir Júnior Rio de Janeiro - Globoesporte