A disputa da Copa do Brasil ao longo do ano, com a participação dos clubes que disputam a Libertadores, era uma medida necessária há tempos. Apesar do calendário apertado, era uma aberração excluir do torneio os times mais competentes da temporada anterior. Era impossível, por exemplo, a Copa do Brasil ter um bicampeão, já que o vencedor ficava impedido de defender o título.
A entrada dos clubes participantes de competições internacionais em fases mais avançadas da copa nacional é praxe em diversos países, e não há mal em adotar o formato por aqui. O grande defeito da mudança anunciada nesta quinta-feira pela CBF diz respeito à classificação para a Copa Sul-Americana. É ótimo que sejam apenas quatro vagas e não mais oito, o que proporcionava a enfadonha "fase nacional". No entanto, a participação na Sul-Americana passa a ser um prêmio pela incompetência.
Em vez de mérito esportivo, as vagas no segundo torneio do continente serão por demérito: estarão nela quatro times eliminados nas oitavas-de-final da Copa do Brasil, com prioridade para os melhores colocados no Brasileiro anterior.
Manter a classificação pelo Brasileiro seria o mais sensato, ainda mais com o número de vagas reduzido, aumentando a corrida por terminar na parte de cima da tabela. Com este novo formato, a Sul-Americana é tratada quase como uma "segunda divisão" da Copa do Brasil. E pior, o time eliminado nas oitavas na Copa do Brasil ainda tem outra chance de chegar à Libertadores, privilégio que não terá aquele que cair nas quartas.
Ainda como ponto negativo, o formato de escolha do sexto time a entrar nas oitavas da Copa do Brasil, quando o país não tiver o atual campeão da Libertadores, e portanto cinco vagas. A CBF vai indicar pelo ranking nacional de clubes, quando o mais sensato seria usar a classificação do Brasileiro anterior: o melhor colocado não classificado para a Libertadores.
O desprezo à Sul-Americana por parte da CBF é incompreensível, no momento em que a competição se fortalece. Este ano tivemos ótimas semifinais - LDU x Vélez e Universidad de Chile x Vasco -, com quatro dos melhores times do continente na atualidade. A CBF a trata como menos importante que a Copa do Brasil.
O ideal, mesmo, seria Libertadores e Sul-Americana o ano inteiro, correndo paralelamente, sem coincidência de times. E que o calendário brasileiro permitisse aos times disputar pré-temporada, dar folga aos times nas datas Fifa... Claro que isso envolveria cortar datas dos estaduais e causar insatisfação nas federações que sustentam o poder na CBF.
E quando se trata de CBF e Conmebol, você já sabe. Pode melhorar de um lado, mas com certeza piora do outro. Por Leonardo Bastos
Em vez de mérito esportivo, as vagas no segundo torneio do continente serão por demérito: estarão nela quatro times eliminados nas oitavas-de-final da Copa do Brasil, com prioridade para os melhores colocados no Brasileiro anterior.
Manter a classificação pelo Brasileiro seria o mais sensato, ainda mais com o número de vagas reduzido, aumentando a corrida por terminar na parte de cima da tabela. Com este novo formato, a Sul-Americana é tratada quase como uma "segunda divisão" da Copa do Brasil. E pior, o time eliminado nas oitavas na Copa do Brasil ainda tem outra chance de chegar à Libertadores, privilégio que não terá aquele que cair nas quartas.
Ainda como ponto negativo, o formato de escolha do sexto time a entrar nas oitavas da Copa do Brasil, quando o país não tiver o atual campeão da Libertadores, e portanto cinco vagas. A CBF vai indicar pelo ranking nacional de clubes, quando o mais sensato seria usar a classificação do Brasileiro anterior: o melhor colocado não classificado para a Libertadores.
O desprezo à Sul-Americana por parte da CBF é incompreensível, no momento em que a competição se fortalece. Este ano tivemos ótimas semifinais - LDU x Vélez e Universidad de Chile x Vasco -, com quatro dos melhores times do continente na atualidade. A CBF a trata como menos importante que a Copa do Brasil.
O ideal, mesmo, seria Libertadores e Sul-Americana o ano inteiro, correndo paralelamente, sem coincidência de times. E que o calendário brasileiro permitisse aos times disputar pré-temporada, dar folga aos times nas datas Fifa... Claro que isso envolveria cortar datas dos estaduais e causar insatisfação nas federações que sustentam o poder na CBF.
E quando se trata de CBF e Conmebol, você já sabe. Pode melhorar de um lado, mas com certeza piora do outro. Por Leonardo Bastos