Bolívar é suspenso até que Dodô, do Bahia, volte aos gramados. O zagueiro do Inter, antes de começar a cumprir tal pena, fica quatro partidas suspenso.
Como era de se esperar, Bolívar não teve vida fácil no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta segunda-feira, dia 28 de novembro. E a decisão foi a pior que poderia ser para o zagueiro do Internacional, que foi suspenso por quatro partidas e depois disso só volta a jogar quando Dodô, do Bahia, puder retornar aos gramados e estiver apto para a prática do futebol, em função da lesão ocasionada por uma entrada maldosa de Bolívar. A decisão foi tomada por unanimidade pelos auditores da Primeira Comissão Disciplinar. A previsão é de que Dodô leve seis meses para voltar a jogar. O Inter ainda pode recorrer e pedir um efeito suspensivo. Bolivar foi acusado pela Procuradoria de “jogada violenta”, como prevê o artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Mas acabou enquadrado ainda no parágrafo terceiro do artigo, que diz que “na hipótese de o atingido permanecer impossibilitado de praticar a modalidade em consequência de jogada violenta grave, o infrator poderá continuar suspenso até que o atingido esteja apto a retornar ao treinamento, respeitado o prazo máximo de 180 dias”. Além de Bolívar, o zagueiro colorado Rodrigo Moledo, o jornalista Flávio Leandro e o árbitro Paulo César de Oliveira prestaram depoimento e falaram a favor do jogador do Internacional. Mas não adiantou. Bolívar foi mesmo enquadrado no parágrafo terceiro do artigo 254 do CBJD e, depois de cumprir os quatro jogos de suspensão - um na próxima rodada e mais três na próxima competição nacional que disputar -, passa a esperar pela volta de Dodô aos gramados, para que também possa jogar. Mas esse prazo de espera é de no máximo 180 dias. Se Dodô não voltar até esse prazo, Bolívar passa a ficar livre.
BOLIVAR E RODRIGO MOLEDO PRESENTES NO JULGAMENTO |
Árbitro que não expulsou Bolívar é absolvido
O julgamento contou ainda com a presença do árbitro Paulo César de Oliveira, que aplicou apenas um cartão amarelo ao zagueiro Bolívar na jogada. E em decisão unânime, os auditores da Primeira Comissão Disciplinar entenderam que o árbitro é inocente, o absolvendo. O árbitro confessou o erro em seu depoimento, mas tentou explicar que a sua visão não tinha sido a da entrada mais forte, que viu apenas no vídeo após a partida. "De onde me encontrava, interpretei somente como uma jogada perigosa, com o Bolívar entrando de sola, mas acertando apenas a bola. Não observei o contato posterior com o atleta do Bahia. Não tive dúvidas quanto ao que marquei. Em campo de jogo, fiquei tranquilo e seguro. Como de praxe, gravo todos os jogos e analiso, fazendo correções. Pelo vídeo, realmente vejo que tive uma interpretação equivocada. Houve um contato sim com o adversário. Pelo videotape, a minha visão seria diferente".
O advogado do árbitro, Giuliano Bozzano, nem precisou defendê-lo, já que o relator votou por absolver Paulo César, antes mesmo de sua sustentação. E assim os demais auditores o acompanharam na decisão.