Fui ao estádio Municipal Domingos Machado de Lima ontem a tarde para assistir o jogo treino entre Concórdia e o Ipiranga. No começo, tudo parecia bem, até porque a equipe do Ipiranga era nossa ex-representante na divisão especial do futebol profissional e jogava com nove dos onze titulares que começaram a partida. O Ipiranga fez um à zero rapidinho e aí o jogo treino começou a mostrar seu caráter. Jogadas desleais, agressivas e nada de companheirismo. O jogo parecia valer a classificação para a disputa de algum título. No finalzinho do primeiro tempo, após uma entrada violenta veio a primeira expulsão. Desnecessária. Não vou citar nomes. No intervalo, tentei conversar com representante das duas equipes para processar a substituição do atleta expulso. Sem acordo por parte da equipe do Ipiranga. Senti pela postura do dirigente que algo estava errado dentro e fora do campo. Não deu outra. No segundo tempo, pouco futebol e muita pancada. Quem estava tentando provar o quê? Mais dois gols, um para cada lado e quatro expulsões. As duas últimas, aos vinte minutos do segundo tempo, ocasionaram uma briga generalida, com dirigentes e reservas em campo. Fim de jogo. Isso se chama futebol profissional? São os atletas que tomam as decisões adequadas ao seu comportamento ou tem um comando ou uma ordem dos que pensam e possuem ou deveriam possuir caráter exemplar? Acho que o Concórdia representa um clube e uma cidade. Hoje, as imagens e as notícias relatam os fatos negativos do jogo treino e os nomes em questão são Concórdia e Ipiranga. Belo exemplo! Para finalizar, ouvi técnicos e atletas, que ganham bem, culparem a arbitragem pelas "cácas" que fizeram. Considere-se ainda, que o árbitro Édio Pegoraro e os assistentes Severino Chaves e Denise Kovacick deixaram seus afazeres particulares para trabalharem gratuitamente na partida. Que consideração! Como parte integrante da festa, o Concórdia preparou um jantar em um restaurante da cidade para a equipe visitante que não compareceu. Outro bom exemplo! Na saída do estádio, questionando um dirigente sobre os fatos, ouvi o nome de um dos articuladores de intrigas que se acha o tal. Se voltar, espero que seja daqui a cem anos!!!