quinta-feira, 29 de julho de 2010

Interiorano de Futebol - Preocupação

Como sou amigo do jornalista José Roberto Rodrigues e leitor de seu blog, aproveito para fazer um plágio do título de sua recente matéria, "Preocupação". Já conversamos a respeito há tempo, mas deixei-o escrever primeiro, afinal de contas, ele é o "expert" no assunto. Bem, o leitor deve estar se perguntando: preocupação do quê? Está no título da matéria, mas trata-se do Campeonato Municipal do Interior de Futebol Amador, nomenclatura criada por mim em 2001, quando ainda o campeonato era em sua maior parte do "Interior". Complementando as idéias do Zé Roberto, estou achando a edição desse ano lenta, sem atrativos e sem interesse do público. Acho que o paciente está na CTI, mas sobreviverá, porque o nome é muito forte e depois das festas comunitárias (da igreja) é o evento de maior grandeza realizado para o interior. É claro, que na fase semifinal das séries "A" e "B" o público voltará, mas é pouco para o tamanho do evento. Dias atrás fui assistir Pinhal e Presidente Kennedy, jogo que muitos diziam protagonizar uma final antecipada. A presença do público foi boa, não ótima. Tecnicamente o jogo apresentou muitos erros de passe, jogadas sem sequência, gols perdidos de forma bisonha. A parte física deixava clara a falta de ritmo, de sequencia de jogos. Kennedy não jogava a 21 dias e a outras equipes que não jogam a 30 dias, incluindo-se o próximo final de semana. Como amistoso ninguém gosta de jogar, a empolgação da equipe e do público esvai-se na morosidade. Concordo que não se deva marcar uma rodada intera num final de semana, mas a cada 15 dias no máximo a equipe deve jogar valendo pontos. A preocupação do Zé Roberto é válida, jornalista que está a mais de 35 anos na profissão e que enxerga longe. Ainda há tempo de esquentar e motivar o evento, pois daqui a pouco com o início de novas competições e com televisionamento direto do campeonato brasileiro aos sábados e domingos, em bares, lanchonetes ou mesmo residencias, o "Interiorano" não terá nem o público e nem o brilho de outros tempos. Bem, é claro que só conta a história quem a conhece!
Por Edmilson Cesar Daroz. (edmilson.daroz@gmail.com)