No primeiro
jogo com a camisa tricolor, Barcos marcou o único gol gremista na Arena
É difícil imaginar que o Grêmio repita, nesta
Libertadores, uma atuação tão defeituosa e confusa quanto a da noite desta
quinta-feira, contra o pequeno Huachipato, na Arena. Por conta de seus erros, o
time teve uma desastrosa estreia na fase de grupos da Libertadores, perdeu por
2 a 1 e espalhou desconfiança entre sua torcida. A recuperação terá,
necessariamente, que vir fora de casa, dia 20, contra o Fluminense, no
Engenhão.
Sobraram atrativos para que os torcedores
comparecessem ao estádio. A estreia de André Santos e Barcos, reforços
contratados na sexta-feira e inscritos em tempo recorde, seria razão suficiente
para uma presença maior de gremistas na Arena. O horário de 19h e 45min, em que
muita gente recém saía do trabalho, somado à falta de tradição do adversário,
pode ter sido a justificativa para a presença de um público bem abaixo do
esperado.
A rigor, o primeiro tempo não merecia mesmo uma
platéia melhor. Desde o início, houve inconformismo com a opção de Luxemburgo
por Adriano no lugar de Fernando. Mas o ex-santista foi apenas parte do
problema. Nada funcionou. Barcos ficou perdido em meio aos zagueiros, esperando
por melhores lançamentos, Vargas teve ímpeto, mas foi dispersivo, e Elano e Zé
Roberto pouco criaram. A exemplo de Pará, André Santos não contribuiu com um
cruzamento sequer.
A vitória parcial do Huachipato foi merecida. A
seis minutos, o time chileno assustou com chute de Sandoval. Aos 13, Marcelo
Grohe desdobrou-se para defender arremate de Braian. Três minutos mais tarde,
Braian avançou pela direita e cruzou para Falcone que, desmarcado, fez 1 a 0. Curiosasmente, foi o primeiro gol do
Huachipato no ano.
Não fosse a conclusão de Elano, de fora da área, a
33 minutos, defendida com muita dificuldade por Veloso, o Grêmio nada teria
feito de positivo no primeiro tempo.
Ao trocar Adriano por Marcelo Moreno no intervalo,
marcado por falta de luz, Luxemburgo aplacou o inconformismo da torcida e deu
agressividade a seu time, que passou a contar com três atacantes. Só que o
Grêmio ainda sofreria um novo golpe, a 5 minutos, quando Braian Rodriguez
ganhou no alto de Cris e fez 2 a 0 para o Huachipato.
Fazer um gol, a partir de então, virou obsessão
para o Grêmio. Depois de um bombardeio dentro da área, Contreras cometeu
pênalti em chute de Barcos. Na cobrança, o argentino acertou o canto direito de
Veloso e descontou, fazendo o primeiro dos 28 gols prometidos para a temporada,
com direito a olho tapado, como um pirata.
Barcos seguiu lutando muito, Welliton aumentou a
correria do time, Zé Roberto tentou organizar. Enfim, ainda que de forma
atabalhoada, o Grêmio fez o que lhe coube para empatar. A 41, Welliton fez o
mais difícil e, à frente de Veloso, chutou muito mal. Naquele momento, a
torcida compreendeu que a noite estava mesmo perdida.
ZHESPORTES

Nenhum comentário:
Postar um comentário